Drika acordada continuava a olhar para Rúbens. Estava deitada sobre a cama de lado, com os joelhos dobrados e juntos, a cabeça estava em cima das mãos. ficou nesta posição por um bom tempo. Logo suas mãos começaram a formigar. O desconforto a obrigou a mudar de posição. Drika virou-se de costa ainda com o rosto virado na direção de Rúbens, lentamente esticou as pernas. Enquanto bocejava deixou de olhar para Rúbens e virou a cabeça e olhou para o teto.
O teto estava branco. Respirou fundo fundo, sentia o cheiro da tinta fresca. Rúbens havia pintado o quarto durante a tarde.
Deu mais um bocejo, desta vez, bocejava virando a cabeça na direçãode Rúbens. Neste momento se deparou com os olhos azuis de Rúbens meio sonolentos, abria lentamente.
Drika sorriu.
Com sua voz rouca por causa do sono que ainda sentia disse o cumprimento matinal. Rúbens sorriu. De dentro do lençol seu braço surgiu, sua mão pairou sobre o rosto de Drikae como as costa da mão acariciou o rosto de Drika.
" Bom dia moço", repetiu ela o cumprimento matinal.
Quero que me conte o que é este seu trabalho fascinante.
Fez o pedido rotineiro. Drika sorriu.
Drika olhou para os olhos azuis de Rúbens, sorrindo se recostou na cabeceira da cama. Com o elastico para prender cabelo que estava em seu pulso, prendeu o cabelo. Drixa se preparou para contar sobre o seu trabalho. Para ela que depois de um ano deixou de ser um trabalho extraodinário e como os demais passou a ser mais um trabalho. Isso era normal, acontecia com todos os trabalhos.
Todas as vezes em que passavam a noite juntos Rúbens fazia o mesmo pedido, Drika sorria e contava o que fazia em seu serviço. Para ela, no começo, era apenas uma maneira de ele a conquistar, mas logo, abandonou essa idéia e aceitou que Rúbens apenas era transparente. E que realmente achava seu emprego interessante e facinante.
" Vocês são Dynamic-disse Bocard em seu costumeiro discurso.-Vocês não fazem parte de uma empresa. Se algo deveria fazer parte de algo, seria a empresa a fazer parte de vocês!"
Bocard olhava para cada uma das quinze muleres a sua frente. Seus olhos pararam por um instante nos olhos de Drika. Drika logo procurou fugir do olhar de Bocard, buscou um refúgio, precisava encontrar alguma coisa que service como refúgio. e encontro, a figura da simpática senhorita Bocard, que sorria para Drika.
"Um contato visual ajudaria senhorita Martins.- Drika após ouvir isso voltou a olhar para Bocard. Os olhares se encontraram, por um momento faicaram assim.
Logo os olhos de bocard voltou a espreitar as demais dynamics."Acham que devo contar a história das dynamics?-as quinze disseram não como se fizem parte dum grande coral.- Mas pelos últimos dias sinto que preciso lembra-las a vocês suas funções como dynamics.
A reunião durou três horas.
Drika trabalhava a noite. Essas reuniões uma vez por semana valia mais que cinco dias de trabalho das sete as dezessete horas.
Drika entrou em sua casa acompanhada de Valéria.
" Eu compreendo Bocard".- disse Valéria por fim.
Drika olhou para ela e sorriu. Drika olhou para as paredes verdes de sua sala, já não eram mais brancas.Gostei do tom verde heim.-Valéria comentou- Rúbens é um artista. Não quer dividir só esse homem comigo, colega?" disse ela enquanto sentava no sofá de dois lugares
" Pega uma cerveja pra mim. Tem serveja não tem?-disse Valéria largando sua bolsa na mesa de centro.
è sim, ele é um artista. -Drika concordou voltando da cozinha. E completou: - e não, não vou dividir com você _estendia para a aniga uma longneck.
"E vocês devem parar de falar no nosso patrão como se ele tivesse meia idade, Bocard tem apenas vinte e sete anos."
Valéria deu um sorriso de malícia e de grande satisfação e disse:
"Já percebeu que dentre as quinze dynamics você é a única que faz Bocard parecer jovial quando é pronunciado."
"Agora faça o favor de colocar seu corpinho para trabalhar, coloque um daqueles dvds que você tem de seriado que eu estou louca pra assistir. Pode ser qualquer um. Tem lgum desses dvds aí, não?"
Naquela tarde após sua amiga ir embora Drika foi envolvida por um intenso d' javu.
Drika se viu em São Paulo a dois anos atraz. Havia sido demitida de um emprego em Sorocaba. Passava uns dias na casa de sua prima Beatriz.
"Agora que você já recebeu aprimeira parcela do seguro desemprego podemos sair."
Drika sorriu.
"Olha garota, preste atenção- disse sua prima Beatriz- Só tenho hoje, sábado de folga. só Deus sabe quando Madame Dara irá me dar o sábado como folga."
"Está bem. Mas não vem com essa mania que você tem de apresentar homens."
Beatriz riu.
"Vai lá bia buscar logo sua bolsa. E pelo caminho você me conta sobre essa tal de Anna Victória. A história dela deve ser um belo conto de fadas a moda brasileira.
"Este é Fábio Bocard."
Drika fechou a cara para sua prima Beatriz. E sorriu para Bocard.
" Critique-me em casa prima. Preste atenção garot´- disse Beatriz num tom manso porém determinante, como se fosse dar um conselho,-em épocas de desemprego e carência; é perfeito para se conhecer pessoas. E você drika Martins está desempregada e Bocard está carente. Vejo aí grande oportunidade. E quero ver o efeito colateral dessa mistura."
Drika sorriu.
"Você apenas quer ver o circo pegar fogo-disse Bocard e olhando para Drika completou.- Você não odeia quando Bia tem razão."
" Sim também odeio quando ela tem razão."
Beatriz olhava para os dois enquanto lia com rapidez a mensagens que acabou de receber em seu celular.
"Bom já vi que vocês estão no mesmo barco.-disse Beatriz guardando o celular. Drika seguiu a prima com o com.- Já que me jogaram pra fora do barco vou nadar até a praia. É o seguinte- disse ela levantando-se.-Madame Dara me mandou uma mensagem pelo celular e me quer agora em sua casa..
E olhando para Bocard e Drika disse como os visse como um casal recém formado.- Preste atenção vocês dois, não desperdicem esta hora."
"Então nesse supermercado você cresceu gradativamente."
Drika sorriu.
"Sim. Comecei como a garota da escola; depois de seus meses fui promovida para o guarda-volume e depois e por último repositora do mesmo supermercado."
"Hum... você subiu em pouco tempoos degraus de grande valor."
"Posso te fazer uma pergunta?-disse drika enquanto beliscava uma porção de frango empanado."
"Sim faça."
"Vo´ê é o Bocard do conto de Anna Victória?"
Bocard sorriu: "Conto?"
"É. Conto, é como eu chamo todas as histórias que minha prima me conta."
"Entendi."
Bocard tomou um gole do seu suco de açaí.
"Adoro sua prima."
"É, eu sei."
"Bom, não tem muitos Bocard no Brasil. Esse Bocard deve ser eu. Pra você Bocard...quer dizer, esse sobrenome deve ser sinônimo de monstruosidade."
"Está enganado, é apenas um Bocard com uma história como qualquer outro jovem."
"Obrigado-Bocard agradeceu, sua mão tocou a de Drika que encolheu os ombros, segurou a mão dela e disse :"Quando vc disse meu sobrenome fez ele parecer jovial. Completamente diferente de como as pessoas e o meu pai o faz parecer."
"È mesmo. E como seu pai faz parecer seu sobrenome."
"Sem vida própria."
"Foi mágico. Foi mágico você nos ter apresentado prima-dizia Drika a Beatriz. Drika abraçava um travesseiro como abraçasse um urso de pelúcia branco, o qual estava com Beatriz que se preparava para atacalo na cabeça de Drika. Estou encantada com Bocard. Ai !.- Beatriz acertou o urso na cabeça de Drika. - É um conto de fadas, é um conto de fadas!"
"Prete atenção garota! O conto de fadas só dura enquanto está sendo contado. e o seu só tem mais uma semana de prazo. E isso é real. Você já foi desmontada do cavalo branco do príncipe pelo próprio cavaleiro, pois ele irá voltar para o seu reino com sua princesa. Você foi apenas uma camponesa para diverti-lo durante o trajeto do resgate à princesa."
"Agora saia daqui. Eu quero durmir!"
"Por que está de cara fechada?"
"Precisava dizer daquela forma. Eu preferiria ouvir do próprio Bocard."
"Não iria preferir não. E eu precisava dormir."
"Hoje ele vem aqui pra conversar com você, parece que segunda ele volta pra Sorocaba."
"E preste atenção, não deve ter esperança em ter com ele uma tarde de amantes, pois Anna já está de malas prontas. Bocard disse que irá vir ter uma palavra rápida com você e depois irá para o bota-fora que estão organizando para Anna lá na casa de Madame Dara.
"E isso é real, ele é um dos poucos empresários que são fiéis a suas esposas. Ele é jovem e faz parte dessa geração."
È fascinante pensava Rúbens enquanto levava o garfo com arroz e feijão à boca. E a cada mastigada pensava e dizia consigo mesmo: 'é fascinante...' Quando engolia cada garfada da comida completava com ' é fascinante esse emprego'.
O prato a sua frente estava vazio. quando pegou o copo de suco e estava prestes a beber o suco, durante o movimento de levantar o copo até a boca, viu o rosto pequeno de um moreno de cabelos espetados a sua frente, era Ricardo. Rúbens sorriu para Ricardo.
Ricardo o observava em silêncio. Esperou Rúbens beber o suco para falar.
"Pode falar agora."- insentivou ele.
Rúbens sorriu surpreso.
" O emprego de Drika e fascinante!"
Ricardo logo diagnosticou.
Passou a noite com ela. E por isso que trabalhou como se tivesse visto um passarinho verde."
Quando saiam do refeitório e caminhavam na direção do estacionamento da empresa, onde os ônibus esperava pelos funcionários, Ricardo completou.
"toda vez que você passa a noite com essa mulher se comporta como se fosse a primeira vez em que passou a noite com ela."
Rúbens sorriu e disse:
"Você fala assim por que não deu certo com a amiga de Drika, a Valéria- Ricardo deu de ombros, estava se aproximando do ônibus, Rúbens vendo que Ricardo começava a apressar o passo disse._ Quem mandou você esperar para comprar o play3, você teria dado uma boa quantia para financiar um carro.
"Olha- disse Ricardo- Eu só fui ao encontro por sua causa. E não havia necessidade da minha presença. E eu não me interesso por maria-gasolina. Se uma mulher gostar de mim deverá gostar de andar de busão."
Rúbens riu.
"Então não posso contar com você hoje a tarde?"-perguntou a Ricardo.
"Não. Tenho de ir pras bandas da cidade hoje. Não posso mais a diar. Minha tia está fechando o cerco, preciso visitar ela."
Alguns funcionários já embarcavam no ônibus e outros entravam em seus carros, outros ainda subiam em suas motos. Rúbens brincava com as chaves em sua mão direita, e Ricardo, observava a brincadeira já sem paciência.
"Vou indo-disse num tiro.
"Espere, Rúbens pediu-Já que você não vai hoje a tarde. Você que tem uma vasta experiência nesse departamento, que cor eu pinto a sala da casa dela?"
Ricardo jogou a bolsa nas costas, ajeitou o boné e disse:
"Pinta de verde."
"Que tipo de verde?"
"Qualquer verde servirá."
Entrando ma fila e com Rúbens ao seu lado disse:
"A semana inteira para pintar uma casa. Será que ela vai entender o que você quer?"
Rúbens respondeu esperançoso.
"Espero que sim. Quero sair da casualidadde com Drika."
"É você está certo do que irá fazer amanhã? Vai dar cara a tapa."
"Drika seria incapaz de me dar um tapa. Mas sábado será o grande dia." disse Rúbens.
"Ah, e obrigado por trocar sua folga comigo."Rúbens agradeceu.
"Amigo é pra isso não é."
Drika olhava para a parede verde da sala e via algo que a fazia lembrar do inicio de Dynamics.
'Você foi a primeira pessoa que veio a minha cabeça. Você será a primeira profissional dynamic, senhorita Martins. Então posso contar com você, senhorita Martins.'
"Sim"-disse Drika antes de desligar o telefone.
"Aceitou o emprego ?-pergunto Beatriz Que acabara de fazer as unhas e as soprava.-E quando volta para Sorocaba?"
"Depois de amanhã. Bocard quer fazer a primeira reunião com as funcionárias na quarta-feira."
"Exatamente o dia em que você planejou para voltar para Sorocaba."Beatriz lembrou.
"É- Drika concordou- Mas Bocard pretende explicar o que vem a ser a Dynamic."
"E o que vem a ser essa pouca vergonha?"
Drika e Beatriz riram.
Beatriz deu um salto e calçando os chinelos tornou a perguntar.
"E o que vem a ser a Dynamic?"
"Entendi por cima"- explicou Drika.
"Conte mesmo assim.-Beatriz incentivou.
"Ele diz que somos uma espécie de palhaças. Somos pagas para nos divertir e divertir as pessoas numa balada."
"Ao menos recebo para dar prazer.- disse Beatriz.
Drika sorriu.
"É, esta comprovado idéias gêniais é o forte de nossa família. Beatriz disse.
"Como assim?- Drika perguntou surpresa.
"Você não sabia, coitada.-disse Beatriz se divertia com as confusões que fazia nas pessoas.- Não se preocupe, vocês não cometeram nenhum incesto. Mas eu sim. Bocard é meu meio-irmão. E sim, Raúl Bocard é meu pai."
"Mas como ele pode ter relações sexuais com a própria filha?- disse horririzada.
"O que os olhos não veêm o coração não sente.- Beatriz citou em quanto arrumava a minissaia.
E completou:
"Ele apenas tranza com uma prostituta. Ele só me conheceu quando eu era pequena, tinha uns cinco anos. Quando ele resolveu se aproximar da minha mãe novamente entrou por uma porta e eu sai pela janela, nunca mais voltei pra casa. A única pessoa que me viu partir foi Anna e isso porque eu fui me despedir dela.
"Preste atenção garota, até na biblia um pai deitou-se com as filhas, só a unica diferença é o da taverna e que o pai estava bebado e que no Brasil existem muitas Bias."
"Agora vou ir trabalhar, me deseje um bom trabalho.-Beatriz pediu
"Bom trabalho prima.-disse Drika atônita.
foi no estado de perplexidade que Drika deixou sua prima Beatriz dormindo e deixou a capital certa de que a vida lhe pregara uma peça. A vida misteriosa de sua prima, era Bizarra e o efeito causado na personalidade de Beatriz não fora tão catastrófica e sim natural. Quando chegou em São Paulo na casa de Beatriz a prima logo lhe confidenciou.
'Seis dias por semana, a casa a noite é toda sua.
'Faço programa. Como consegui? É uma longa história.
'Quanto tempo pretende ficar?
'Que ótimo! Tempo suficiente para mim contar a história da minha vida.'
Foi nesse estado também que Drika participou da reunião da Dynamics. Contra a sua vontade a cada palavra dita por Bocard, em sua cabeça, podia ouvir um comentário de sua prima Beatriz.
'Dynamic é alegria-dizia Bocard
'Quando casa de Madame Dara começou ao contrário de Bocard, Dara foi direta eladisse: A casa dá prazer- ouvia a voz de Beatriz dizer.
'Virá o dia em que terá sentido ter pelo menos três dynamics em uma balada. A propósito, uuvi certos comentários entre vocês, garotas, de que a Dynamic se assemelha a uma empresa vampírica. Seria uma sátire. Seria uma sátire bem desenhada por um cartunista, se eu fosse esse cartunista. Porém não sou , sou visionário. E como visionário digo que vampiros sugam a vida, a alegria, o divertimento e a expectativa de viver e se estar bem, por isso o sangue é o vício vampírico. Mas a dynamic, faz o contrário. Vocês serão pagas para dar vida a cidade em aspecto noturno.- finalizou Bocard.
"Estão dispensadas, menos você, senhorita Martins."
'E as meninas de Madame dara oferecem seus lindos pescoços.Beatriz principiou na cabeça de Drika.
Quando todas as mulheres sairam Bocard ofereceu a Drika uma cadeira. Drika se sentou. Bocard deu a volta, passou pela mesa, e sentou em sua cadeira. Olhou por um instante para Drika até principiar suas palavras.
'Confeço que também estendi o convite de ser uma dynamic a sua prima Beatriz. Mas ela rejeitou. Vocês formariam um trio perfeito.'
'Por que não diz minha irmã. Porque não me contou?-Drika cobrou.
'Achei uma informação desnecessária. e além do mais desconheço a verdadeira intenção de Beatriz em dizer a você esse fato. Desde que me conheço por gente ela sempre teve aversão der ser filha de meu pai... Mas não vou permitir que isso prejudique meus planos. Creio que você no telefone deu sua palavra. Espero que a confidência de Beatriz não a tornou mútavel.
'Ainda quero ser uma dynamic-disse Drika olhando para Bocard.
'E porque você disse trio.- quis saber dele.
'Ah, isso. Você trabalharia com Beatriz e anna. Como Beatriz não aceitou o convite, você irá trabalhar com Anna.
'Espero que nosso envolvimento no passado não venha a comprometer seu crescimento na empresa.
'Agora, também espero que você não tenha se apaixonada por mim neste periodo. Odiaria demitir alguém que concerteza terá um futuro assaz.
Drika tomava banho quando ouviu a musica cryn de Aerosmths e isso fez surgir de seus olhos surgir lágrimas.
Cryn era a música que Anna dizia ser a música dela e de Bocard. Retratava a história de amor dels.
No começo, Drika trabalhava ao lado de Anna na esperança de haver entre eles um triângulo amoroso. Mas o tempo a fez sentir quebrar a cara. Decepicionada de não ser ao menos alvo de olhares que demostravam desejos da parte de Bocard, passou a investigar Bocard. Em sua cabeça pensava ser substituida por outra, outra mulher ocupava o seu lugar, queria ser a amante de Bocard. Após meses de intensa investigação nada encontrou. Nenhum vestígio de infidelidade da parte de Bocard.
As chamas de sua esperança estava se apagando, e foi desta forma que se aproximou mais de Anna. Logo se fez a melhor amiga. Procurou alguma falha no relacionamento, não havia nenhum.
Se viu obrigada a mudar o seu alvo. Foi com aperto no coração que fez o que podia para esquecer o que sentia por Bocard."Agora é oficial, irei encontrar o meu homem!-Drika decretou certa vez enquanto se olhava no espelho.
Após feita a promessa não demorou muito para realizar o que havia decretado para si mesma frente ao espelho. Passado duas semanas num sábado a noite enquanto exercia funções de uma dynamic conheceu Rúbens. Após três noites concecutivas atendendo-o e alvo de seus insistentes convites para sair, aceitou. Uma semana passou, depois de diversos encontros resolveu se entregar para Rúbens.
Rúbens era o candidato perfeito.Um homem com seus trinta anos completos, um metro e setenta e com um tanquinho na barriga de dar inveja em qualquer homem. Moreno, com um lindo sorriso.
Perfeito para entregar a ele o seu coração.
Todos os sábados Rúbens procurou estar presente nas casas notrunas em que Drika iria trabalhar.
"Como você consegue saber onde eu vou estar trabalhando- Drika perguntou a ele enquanto esperava as duas latinhas de cerveja que havia pedido ao bar-man.
Sorrindo Rúbens disse satisfeito:
"Tenho meus contatos."
Quando Rúbens se viu seguro e certio de que conquistara o coração de Drika procurou ir a luta. Investigou a fundo o que realmente era uma dynamic. Soube então que dynamic estava longe de estar entre a fachada da prostituição. Então por dentro da profissão da namorada voltou sua atenção para Bocard. Em menos de dois meses chegou a ser muito amigo de Bocard.
"Posso chamálo de Binho, senhor Bocard- disse Rúbens a Bocard certa noite.
Bocard sorriu.
"A anos não sou chamado de Binho. Claro que pode Rúbens, se somos amigos.
"agora sirva-se de mais vódica."
Satisfeito Rúbens pegou um copo de longdrink e se serviu de vodca e misturou dois yakult.
Quando chegou na casa noturna em que ia trabalhar, Drika foi informada por um funcionário da casa que Bocard a esperava na mesalina e queria conversar com ela.
Com passos curtos e cheio de graça Drika se dirigiu para a mesalina.
Bocard estava sentado em uma cadeira quando a viu, sorrindo com o braço estendido ofereceu uma cadeira. Drika se sentou.
Bocard sorria enquanto procurava as palavras certas para principiar.
"Estamos satisfeitos com seus serviços senhorita Martins. Se tornou a nossa imagem quando Anna deixou a dynamic. Você fez a coisa certa no momento em que a empresa estava passando por uma crise."
Drika sorriu.
"Fico feliz por tê-la conosco. E seu namoro com Rúbens não vem apenas para te fazer bem mas o seu bem-estar vem se refletindo na empresa. Num ambiente assim satisfaz nossos clientes."
Bocard olhou para Drika e fez uma proposta séria.
"Quero te oferecer alguns degraus para que você suba mais.
Drika engoliu em seco, Bocard prosseguiu.
"Quero que você juntamente com Rúbens vá para São Paulo. Fique trânquila, a três dias eu contratei seu namorado. Vocês estarão na direção da empresa na capital.
"Foi por prova de amor que criei essa empresa em Sorocaba. E não será por outro motivo que também a levarei para a capital. Mas essa prova de amor não é minha e sim de Rúbens, seu namorado.
"Tire um dia de folga. Agora pegue as chaves do meu carro, volte para sua casa vista seu melhor vestido e volte aqui, vamos festejar. Dynamic é pra festejar. O bem estar também se estende aos funcionários. Por isso que fechei a casa para festejar com os funcionários e seus famíliares.
"A propósito, Beatriz está a caminho."
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