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REPENSANDO O DIA DO PROFESSOR!
Valdecir dos Santos

Em 15 de Outubro, todo o Brasil irá comemorar o Dia daquele que, segundo a sociedade, é o maior responsável pela educação no Brasil, o PROFESSOR. Infelizmente, não temos muito que comemorar, pois, ao longo do tempo, muito pouco se tem feito para que o profissional da educação brasileira fosse realmente valorizado, se gasta muito em outros setores da sociedade, os chamados Setores Capitalistas, mas no setor que, diga-se de passagem, é considerado a base de todo o processo de construção deste país, comparando aos outros investimentos, pouco se investe, principalmente, na valorização salarial do profissional da educação, isto graças a difusão de idéias que, ao longo do tempo, tratam investimentos em Educação, no Brasil, como gastos. Prova disto são as constantes reportagens que temos visto nos mais variados meios de comunicação, sobre a falência da educação brasileira: educadores cansados, estressados, insatisfeitos com os baixos salários e com falta de políticas públicas que garantam melhoria de vida e boa qualidade em seu ambiente de trabalho, principalmente, nos grandes centros onde estão os maiores números de escolas depreciadas, abandonadas, falidas, com salas superlotadas. Não adianta investir 4.2% do PIB – Produto Interno Bruto, ou propor aumento para 7% na educação, quando o problema, o câncer deste país – corrupção – não deixa tais recursos chegarem ao seu destino real, considerando o fato de que 1,35 % do PIB brasileiro, ou seja, mais de 26 bilhões de reais encontram o caminho da corrupção.
Em alguns lugares, do Brasil, ao invés de escolas, existem barracos de madeira, caindo aos pedaços. Muito lentamente, em poucos lugares, nossos governantes, aqueles que os elegemos pelo voto direto, vão se dando conta da urgente necessidade de investimento no setor educacional, espera-se que tenham consciência de que o que fazem ainda não é suficiente para uma nação que, infelizmente, ocupa um dos últimos lugares no ranking mundial em qualidade de educação e que necessita de maior atenção por parte do poder público.
Segundo o Instituto Cultiva, Cidadania e Controle Social, o Brasil ocupa apenas a 52ª posição na pesquisa Pisa, levantamento realizado em 2006 pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que avaliou a capacidade de estudantes de 15 anos do Ensino Médio em 57 países. Segundo o OCDE, o Pisa é a pesquisa internacional mais abrangente e rigorosa do desempenho dos alunos secundários. Os índices avaliam os níveis de conhecimento dos estudantes na área de ciências e sua habilidade de usá-los para resolver problemas no dia-a-dia. De acordo com o secretário geral da OCDE, Angel Gurría, o ranking é uma ferramenta para ajudar os governos a definir suas políticas de educação. “Na economia globalizada competitiva de hoje, educação de qualidade é um dos bens mais valiosos que a sociedade e um indivíduo podem ter”, considera. (Estado de Minas, p.12; Hoje em Dia, p.12, O Tempo, p.A8, 30/11/07)
Pergunta-se: Comemorar o quê? Têm-se ciência da dura vida que levam os profissionais da educação? Jovens que ingressam em faculdades, estudam aproximadamente quatro anos, formam-se, especializam-se e, depois, lecionam, formam cidadãos, seres pensantes e consequentemente, por conta do seu trabalho, ganham mais ou menos 900,00 reais (mês) por 20 h/a semanais de trabalho. Sem contar todas as atividades que o professor leva para casa, pilhas de avaliações e trabalhos para serem corrigidos, utilizando assim, parte do tempo que, provavelmente, seria destinado a sua família porque, no ambiente escolar, as horas atividades não são suficientes para executarem tais tarefas.
Comemorar o quê? Enquanto médicos, engenheiros, arquitetos, economistas, profissionais, que passaram pelas esmeriladas mãos do mestre em apontar bons caminhos e formar cidadãos, recebem salários dignos para sustentarem suas famílias, enquanto um professor em início de carreira recebe, mais ou menos, uns míseros 900,00 reais (mês) por 20 h/a semanais. Você leitor! Deve estar se perguntando. Então, não vale à pena ser professor? Eu lhe respondo. Vale. Tudo vale à pena, se a alma não for pequena, como disse MILTON NASCIMENTO. Vale à pena ser EDUCADOR, vale à pena sonhar, vale à pena continuarmos lutando, vale à pena continuarmos educando, formando profissionais, seres pensantes, autônomos, donos da própria consciência e da própria razão, que ninguém rouba, compra, engana, ludibria, etc., O que não podemos é comemorar 15 de outubro como se fosse uma data marcada por extraordinárias e incontáveis conquistas pró educação pública como alguns apregoam. O próprio tempo e os educadores mais experientes sabem disso, A EDUCAÇÃO ESTÁ REGREDINDO. Falta de verbas? Acredito que não, pois, nos últimos oito meses o Brasil acumulou em arrecadação através de tributos, quase 452 bilhões de reais e, o Orçamento para a Educação Brasileira previsto para 2009 será de, aproximadamente, 41,5 bilhões de reais. Falta de atitudes coerentes com tudo àquilo que é anunciado através dos meios de comunicação? Posso concordar. Pois, os mesmos veículos de informação que apontam elogios são, também, aqueles que denunciam a regressão da redação em nosso país, o descaso com o ensino público, a sobrecarga de trabalho imposta ao Educador, falta de valorização ao profissional do Magistério são alguns de muitos fatores que contribuem para a falta de estímulo e conseqüentemente o declíneo da educação brasileira.
                   
PARABÉNS AO EDUCADOR BRASILEIRO, POIS ELE É UM HERÓI!
PROFESSOR VALDECIR DOS SANTOS (http://valdecirpoesias.blogspot.com)
valdecirpoesias@gmail.com



Biografia:
Valdecir dos Santos – Docente na Rede Estadual de Ensino de MS Pós-Graduado em Língua e Literatura Professorvaldecir.santos@gmail.com
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