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Pi entra na casa, já despachando Marta, que ao subir no mototáxi lhe mostra a língua, para sorriso de Pi.
Quarenta minutos depois, Samuel entra na casa já com o estômago dando sinal de fome.
Na cozinha Pi prepara arroz, macarrão, molho, no forno um assado de costela.
Samuel vai ao banho e ali sente mãos a acariciar seu corpo, as crianças assistem tv na sala, Pi ali dá banho e outras caricias em seu macho.
De volta a cozinha ela termina o preparo da salada, ele ali abraçado a ela, que lhe conta sobre a ida a lotérica, óbvio ocultando o resto da estória.
- Esta vendo amor, é isso que eu quero.
- O quê?
- Você assim, sempre feliz.
- Será que estou feliz?
- Com certeza sim, fez as compras?
- Estão no depósito.
- Obrigado amor.
- Tem certeza que virão buscar?
- Sim.
- Comprei aquilo.
- Obrigado, sabe que não gosto quando faz isso, mais foi preciso.
- Tudo bem.
- Não amor, uma hora podem lhe procurar o por que de tanto fermento, amido.
- É um atacado, Samuel, ali estão para vender.
- Mesmo assim.
- Tá vamos, me ajude com a mesa.
- Agora mesmo, paixão.
Colocada a mesa, Pietra pede a chave do cofre a Samuel.
- Por que?
- Quero algo para mim.
- De novo aquela bolsa?
- Coisas minhas, minhas coisas.
- Tá bom amor, não vamos estragar essa vibe, esta tão bom, pegue aqui a chave.
- Obrigado, amor.
Ele entrega a chave a ela e fica com os filhos a se aprontarem para o jantar.
No quarto ela retira um quadro da santa ceia acima da cabeçeira da cama e abre o cofre, na parede, dele ela pega uma bolsa e a abre, dentro várias jóias e algum dinheiro, ela tira de seu busto um colar e um par de brincos e coloca nesta.
- Minha poupança.
Guarda e tranca o cofre, segue para a copa onde Samuel inicia a degustação com os filhos.
- Conferiu o que estava te tirando a paz?
- Nossa amor, desse jeito até parece ser um segredo.
- E não é?
- Por favor.
- Seu assado esta maravilhoso.
- Verdade mãe, esta muito bom.
- Obrigado meninos. Pi pisca para eles e inicia sua janta.
Priscila termina de checar as fichas de atendimento para o outro dia, confere os pagamentos e alguns pedidos de materiais, depois ali no consultório auxilia a paciente que fizera mamografia.
Após a saída, o dr lhe passa o trabalho do dia seguinte e acertam outros assuntos referentes ao trabalho.
Luz apagada, segurança acionada e porta trancada, Pri se despede dos doutores e segue para o ponto de ônibus, logo a frente dela pára uma moto.
- Mãe.
- Kauê, o que faz aqui?
- Vim te buscar, posso?
- Claro meu querido, vamos.
Priscila sobe na garupa da moto do filho colocando o capacete, na outra esquina um carro sai.
Ela chega em casa, Kauã tem acabado de esquentar a janta.
- Vamos comer.
- Sim.
Ali os 3 riem e conversam animadamente, após um pouco de tv e Pri segue para seu quarto, Kauê coloca as roupas na máquina e liga esta, Kauã lava o banheiro e as louças.
Depois do banho, Kauê entra no quarto e veste um pijama.
- Foi de novo?
- O quê?
- Atrás de....
- Pare Kauã.
- Olhe mano, uma hora dessas a mãe vai descobrir, e daí sei lá o que vai virar isso tudo.
- Pode deixar eu sei resolver minha vida.
- Tô sabendo, não é o que eu ouço na facul.
- Tá.
- Sério, você havia dito que era a ultima vez e agora.
- Ja deixei claro a eles, foi a ultima vez.
- Tomara, vou dormir.
- Boa noite.
- Boa.
Dias depois Priscila abre a porta e Sandra entra com várias sacolas.
- Onde foi?
- Se esqueceu, as compras.
- Nossa, mãe havia me esquecido, vou buscar o dinheiro.
- Onde deixo?
- Deixa ai no sofá mesmo, por favor.
- Tudo bem.
- E ai?
- Dessa vez a Pi trouxe mais coisas, tinha uma promoção daquelas ela me disse.
- Vamos combinar mãe, foi uma ótima idéia essa de vocês de eles comprarem neste atacado que ela encontrou e a gente repartir a conta?
- Se foi.
- É.
- Ja pensou se tivessemos que comprar,toda semana sair e você que trabalha até tarde, nossa a Pietra teve foi uma idéia daquelas, isso sim.
- Aqui mãe.
- Pode deixar que mais tarde será entregue para ela.
- Eu sei mãe.
- Agora mudando o assunto, tem uma geladinha ai pra sua maezinha do coração?
- Não tem jeito mesmo hein d. Sandra.
- Ah, vai só uma.
- Vem comigo.
- Oba, ai sim.
Samuel termina um reparo no carro de um cliente, entra 3 rapazes ali na oficina, ele olha para o patrão que ascente com a cabeça e faz sinal para que ele os leve a parte de trás do lugar.
- Trouxeram a grana?
- Lógico cara.
Um dos rapazes entrega para ele um maço que ele conta duas vezes e depois entrega 1 sacola preta.
- Tá tudo aqui?
- Pode confiar.
- Nada, sabemos que aqui as coisas são feitas no limpo.
- Sempre.
- Então falou.
- Falou.
Os caras saem sob o olhar de Odilon.
- E ai chefe?
- Dessa vez demoraram.
- Desculpa ai, foi mau, os moleques meio que desconfiaram da mercadoria.
- Quando for assim, trate disso em outro local, não aqui.
- Tudo certo, não vai mais acontecer.
- Cerveja mais tarde?
- Por mim, beleza chefe.
Sandra entra no bar toda sorridente já recebendo convites dos clientes ali para que fique nas mesas e beba com eles, até que ela se vÊ tentada a sentar em uma das mesas, mas Moisés aparece ali e joga o avental para ela.
- A pia esta uma bagunça.
- Minha vida também. Diz ela ao marido para o riso geral de todos ali.
24102018......................
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