“NEON
Quando triste
penso na luz de neon
que ilumina nas vitrinas
os manequins.
Entristecido
sei que o clarão do neon
atrai os olhares.
Nada resiste ao neon
das luzes das cidades:
derrubam muros
cativam almas
ávidas pela claridade.
Triste
fujo à aproximação
do neon em luzes claras:
armadilhas mortais
em minha idade.”
A poesia de Pedro Du Bois retrata a iluminação das fachadas dos estabelecimentos com luz de neon, que aos poucos foi substituída pelos painéis luminosos. O neon foi se tornando matéria prima para os artistas plásticos.
Resgato o artista plástico e pioneiro em trabalhos especializados em luz de neon, o arquiteto e designer Jimmy Bastian Pinto. Ele produziu belas obras, buscou inspiração na sensualidade feminina, mostrando-nos as “belas luzes” que o mundo pode ver; revelou sua habilidade no criar “poético” em esculturas como, As Pernas de Tina Turner na Terra do Aladim, o perfil de Madonna e Silhuetas de Casais Dançando. Em todas as peças usou neon (direto ou indireto) em linhas continuadas e coloridas. Em algumas das esculturas o neon dá sensação de movimento, como se a luz estivesse saindo da peça. Suas esculturas foram recriadas em vários tamanhos que variam de 30 centímetros até 2 metros.
Enfim, uma fantasia – poesia visual – que dispensa palavras quando nos referimos ao neon, luzes em aplicação nas esculturas.
Fascinante, mas cada vez mais distante.
Hoje, apenas considerado mais um estilo.
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Biografia: Pedagoga. Articulista e cronista. Textos publicados em sites e blogs.Participante e colaboradora do Projeto Passo Fundo. Autora dos livros: Amantes nas Entrelinhas, O Exercício das Vozes, Autópsia do Invisível, Comércio de Ilusões, O Eco dos Objetos - cabides da memória , Arte em Movimento, Vidas Desamarradas, Entrelaços,Eles em Diferentes Dias e
A Linguagem da Diferença. |