A dor que passa e repassa,
num ritmo intenso
vergasta,
como verdugo
que corta a carne
na praça,
como crente
que lento
envolve
revolve
o supremo
intento
presente
ausente
distante
e persegue
a fé
que lhe escorre
entre os
dedos,
a fé que
se faça
perene,
indene,
solene,
que grite
bem alto
no alto
do morro,
(como)
sirene que
soma e assoma
chamando,
gritando,
agitando,
pedindo,
clamando
SOCORRO!
A dor que
já gasta
não passa,
nas mãos
do verdugo,
vergasta.
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Biografia: Nascida na Bahia, município de Euclides da Cunha, veio para Salvador com seis meses de idade, estudou em escolas públicas da capital baiana, vindo a formar-se em Letras Vernáculas pela Universidade Católica de Salvador. Exerce a profissão de professora, em Escolas públicas da capital. Publicou alumas antologias, entre elas HAGORAG,Salvador 460 anos de poesia; Bahia de Todos em Contos, além de publicações nos jornais da capital baiana. Com um site no recanto das letras,fatimatrinchao.net, em que tem a oportunidade também de apresentar além de poesias, contos, artigos e crônicas. Cultora da poesia e das artes em geral, admira a todos os que dedicam-se à tão nobre mister. |