Que posso eu falar
Sobre a minha alma
Que inquieta quer proclamar
Cada movimento, ao redor?
Que inquieta fala, em silêncio
E grita ante a injustiça e a dor?
Que silenciosa não consegue parar,
Está sempre a se agitar
Em busca de tudo, à procura de nada,
Ao encontro de algo que não sabe decifrar?
Que posso falar
Sobre a minha alma inquieta
E insatisfeita,
Eterna busca, sonhadora sem fim?
Que canta e chora,
Cujo silêncio é um grito
E cujo grito ninguém consegue ouvir?
É a minha alma, eterna inquietude, em busca de si, de mim,
em busca de ti.
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