O meu coração ama calado
todas as coisas
E, atento, observa todos os passos.
Silencioso os segue,
como o caçador que ama a caça
mas, respeita a necessidade.
Meu coração, às vezes, tem que fazer escolhas.
E, prisioneiro, acompanha a fé
que voa e alcança, sempre, a sua força.
Meu coração, por vezes, sente necessidade de cantar a dor sussurrante, ao redor,
de ascender-se, num grito profundo e lento,
como um tecelão a tecer raios de esperança
com dedos clarividentes do tempo
que o espreita.
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