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Contradições
Giulio Romeo

Pelos caminhos da vida, palmilhados as vezes à duras penas, encontramos paradas inseguras, lugares suspeitos, duvidosos e instáveis.
Os descansos necessários estão sempre flutuando em nossa labuta, estão oscilando em nossa caminhada e também variando de acordo com a vida, pelo fator espaço-tempo.
Os princípios morais que aplicamos em uma norma de conduta pré-estabelecida pelos nossos parâmetros, nem sempre estão em acordo com a realidade comportamental.

Somos vulneráveis e suscetíveis a atos ou comportamentos ao qual não somos acostumados.
Julgamos o certo e aceitamos o errado na maioria das vezes, por desconhecimento ou ignorância. Quando elegemos um elemento supostamente correto e o seguimos, estamos copiando um modelo nem sempre ideal para as nossas necessidades e sobrevivência moral.
As vezes, somos impelidos, por necessidade ou comodidade a seguir leis desconhecidas pela maioria ou rejeitadas pela sociedade.

Quando supostamente aportamos num porto seguro, ficamos felizes, em paz, com a alma renovada, o espírito repleto de luz e o coração batendo redondo. Mas se por um acaso a decepção se faz presente, ficamos terrivelmente tristes, infelizes e sem rumo.
Tudo isso acontece porque nos entregamos em cem por cento, a novos amores, novas amizades, sem consultar seus currículos, suas folhas corridas, seu passado.

Temos o dom de conseguir nos enganar, quando a situação nos arranca um sorriso, umas horas felizes ou um carinho. Nos enganamos também por um olhar, por palavras bonitas e por momentos de doçura.

Algumas vezes, somos enganados e nos decepcionamos com o comportamento do semelhante.

Esperamos sempre algo que nos faça feliz, que nos dê momentos de tranquilidade e de prazer.
Esperamos que os nossos caminhos sejam repletos de flores e com um sol lindo nos esquentando.
Do mais terrível ser ao mais doce, todos desejam um alento, um pequeno momento de tranquilidade e de compreensão.
Nessas contradições, conseguimos sobreviver.
Sempre apostando na sorte, sempre empenhando o nosso lado mais puro.

Quando nos sentimos isolados na vida, recorremos ao refúgio dos desentendidos, dos mal amados e dos mal compreendidos. Sentimos pena de nós e desesperados derramamos lágrimas e soltamos urros de desgosto.
Ficamos quietos, reflexivos e muitas vezes com depressão ou desajuste espiritual.
E com o passar dos dias e o conformismo se instalar em nossa mente, tentamos realinhar o nosso autocontrole e reapresentarmos como sobreviventes para a continuidade da existência.
Quando enfim calmos e com tempo para a reflexão, analisamos os fatores e tentamos nos reajustar. Sacudimos o pó dos nossos sonhos, respiramos mais profundamente e paramos de achar o nosso caso ou problema, o pior do mundo.

Mas como as leis do Universo sempre conspiram em nosso favor, mesmo quando não merecemos, damos então uma chance para nós, começamos de novo, nos readaptamos a realidade e tentamos mais uma vez sermos dignos de atenção e compreensão.
Ficamos mais preocupados com a nossa conduta, em não cometer os mesmos erros, as mesmas atitudes, os mesmos desatinos. Ficamos espertos e com as orelhas em pé, analisando duplamente as situações.
As contradições existem e são eminentes, mas só existem porque estamos vivos e lutamos desesperadamente para encontrar o caminho da felicidade!



Biografia:
Professor de Ciências da Religião, Teólogo, Filósofo e Pesquisador de Ciências ocultas. Procuro a verdade e quero compartilhar meus estudos sobre o comportamento filosófico e religioso de povos e comunidades, que tem a fé, como sustentáculo de sua existência tridimensional.
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