Uma mosca faceira,
Zumbindo no ouvido,
De um burro fingindo,
Estar com coceira.
Orelhas em pé,
As patas atentas,
Será que ela agüenta?
O que ela quer ?
Será que não vê,
Que está perturbando ?
Estou trabalhando,
Sai fora chulé !
A mosca e burro,
Num grande dilema,
A mosca zumbindo,
E o burro irritado,
Com esse problema.
A bem da verdade,
A carga é pesada,
Já está na idade,
De dar uma parada.
A mosca zumbindo,
Na orelha do burro,
Parece que deu,
Um baixo sussurro.
O que ela disse..?
Não sei explicar !
O burro entendeu,
Pois na sua orelha,
Há deixou pousar !
Talvez um acordo,
Para amenizar,
O fardo pesado,
Que está á levar.
Em troca gentil,
De uma carona,
Parar de zumbir,
E passar á cantar.
|