sacrificios não quero.
Há mil anos te espero!
O cansaço me põe na dança...
O olhar se desfigura no final da tarde
A solidão chora constantemente a saudade.
Extravaso minha tristeza:
Ao contemplar este céu de penúria...
Já gastei as solas dos sapatos
por este trecho passo á passo, minhas vestes se desfizeram em pedaços.
Minhas pernas estão bambas.
Vejo as décadas se passarem,os velhos sonharem,as mocinhas amarem, e as borboletas voltarem.
Tudo está á vontade!
E eu consequentemente pela metade,
Sem ânimo para revidar.
Extraído demais para esperar,
Porém esperançoso demais para suportar.
Pois, sei que ainda que os dias me envelheçam, a eternidade se desgaste
e tudo aconteça.
O universo se esvazie,
Eu enlouqueça...
Na locura de um débil...
Serei sonhador,
claro demais á essa distância que faz a solidão chorar a saudade.
"Poeta da baixada do sol"
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Biografia: Sou poeta dos vívidos sonhos, das saudades cantantes, dos rios que em lenda viva conduz meu boto encantador, da cobra grande que vai serpenteando as águas misteriosas do meu Rio Acre, do Mapinguari abraçado as árvores centenárias da minha inestimál floresta,do Chico Mendes morrendo por cada palmo deste chão-coração. |