Bebeu um porto.
Meu amor bebeu,
Bebeu com gula o dia e o breu
Em talhas de bronze o vinho morto.
Quantas velas levadas pelo mar!
Porém, do lado de lá só imensidão...
Inundando meus passos perdidos por entre as águas agitadas da solidão,
E o pesadelo nada de acabar.
Bebo mais um gole diante desse olhar eclipsado.
Duas taças não são suficientes,
Talvez compulsivo, eu ainda esteja alucinado.
De repente... Um cometa solitário risca o céu.
Seu clarão previamente iluminam meus olhos de chuva...
Já sem rumo, perdidos a paisagem desconhecida desse ilhéu.
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Biografia: Sou poeta dos vívidos sonhos, das saudades cantantes, dos rios que em lenda viva conduz meu boto encantador, da cobra grande que vai serpenteando as águas misteriosas do meu Rio Acre, do Mapinguari abraçado as árvores centenárias da minha inestimál floresta,do Chico Mendes morrendo por cada palmo deste chão-coração. |