Quer brincar?
Brincar de dar as mãos?
Quer brincar?
De só nós dois?
Brinco com seus lábios
que me parecem jubilosos
com tal idéia.
Brinco de esconder em seu
corpo,
que se engala de luzes macias
para esperar minha presença
de amenos.
Brinco de carinho
com seu espírito,
e escorrego por entre
seu corpo e seu tempo.
Brinco de levar você
pro meu lado celestial
onde anjos de sabedoria
conjugam nosso amor.
Hoje brinco com você,
de criança,
de pai ou avô.
Brinco de ser homem,
de amparo às ânsias,
e espero sua vez de
ser mulher, onde
borbulha sua graça
de fêmea celestial,
e chega sua vez
de chegar às estrelas,
onde sua carne
vira outra carne,
e, no milagre da vida,
se eterniza no alarde
de luz, no rebento
de só amor.
Hoje, brinco
de você!
Por ser mãe
e mulher.
Brinco e choro.
Pois, me carinha!
E selo com meu beijo,
nosso amor de juncos
dourados, no esplendor
da mulher de meus afeitos !
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