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O espírito criador na literatura
Dileto Aedo dos Anjos

Não espere que outros criem para você admirar. Crie você mesmo e além de admirar a sua própria criação, que alguns, erroneamente, chamam de orgulho, suscitará deleite ou satisfação em saber capaz de realizar opima obra. Eis a grandeza de um escritor. A grandeza está no ser em si, mas ela se manifesta na sua própria criação. Sem a criação a grandeza do ser em si, se estiola, será estéril, improfícua, inútil. Então, criemos, com a força da nossa inspiração, da nossa imaginação.

Não deixe que se arrefeça teu ânimo mesmo que te digam que o que acalantas em teu espírito como anelo é algo insípido, sem fundamento ou improfícuo, pois se abandonares teu ideal ao primeiro dissabor é sinal de que concordas que teu objetivo acalentado era insípido, sem fundamento ou improfícuo e jamais saberá se realmente o era ou não, porque o primeiro arroubo, que suscita o primeiro esboço, pode ser algo ainda tosco, porém, com o tempo, podes ir burilando esse esboço e torna-lo algo sobejamente vibrante, algo digno de todo esforço para a sua consecução dispendido.

A arte, no caso, a literatura, possui a inexorabilidade daquilo que é fadado a se expressar, malgrado o querer do escritor. Se o mesmo é relapso, desleixado, a literatura buscará outro escritor para se expressar e aquele que lhe não atendeu o chamado se embeberá na agonia atroz daquele que, quando tinha a melíflua fonte do deleite para dessedentar seu espírito, a desprezou para buscar a aridez no ermo de uma ilusão. O pior de todos os descalabros que podem acometer o espírito de um escritor é justamente a ilusão. O escritor não vive de ilusões, mas de criações. Um escritor não deve se julgar um grande escritor, a priori (ilusão). O mesmo deve trabalhar, ao exaurimento, mas sem arrefecer, continua e exaustivamente, burilando, escoimando, lapidando a sua obra até julgá-la digna de ser alardeada, externada (criação constante).

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