O galo cantou,
O seu primeiro canto.
É hora!
Daqui a pouco
No horizonte,
O sol se levantará,
E sua luz se ampliará
por todo o firmamento.
Com seus balaios e oferendas,
As mulheres e suas roupas alvas como o raio mais brilhante do sol;
Perfumadas como a rosa mais cheirosa do reino de Oxalá,
Cujos torços tão vistosos,
Cujos pés tocam a terra,
Dela recebendo força e energia,
Cantavam para saudar,
Saudavam Iemanjá,
Ôdó Yá;
Iemanjá Mãe e Rainha,
Ôdo Yá;
Deusa da nação Egbé
Ôdó Ya;
Senhora do Reino e das Águas do Mar,
Ôdó Yá;
Símbolo de opulência e fecundidade,
Odó Yá
Filha de Obatalá e Ododuia;
Ôdó Yá
Mãe dos Deuses sagrados,
Do sagrado panteão nagô
Ôdô Yá.;
Deusa do amor e seus conflitos,
Ôdo Yá;
Mãe da vida,
Odo yá;
Iemanjá Iemowô
Ôdo ya;
Iemanjá Iamassê
Ôdo ya;
Iemanjá olossá
Ôdo yá;
Iemanjá Ogunté
Ôdo ya;
Iemanjá Assabá
Odo yá;
Iemanjá Assessu
Ôdo yá;
Iemanjá Yewa
Ôdo yá;
O sol se levanta no horizonte,
É manhãzinha
Hora de agradecer e louvar
Dona Iemanjá
Senhora-Mãe e Rainha do Mar,
Ôdó Yá!
Fátima Trinchão
(www.fatimatrinchao.net)
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Biografia: Nascida na Bahia, município de Euclides da Cunha, veio para Salvador com seis meses de idade, estudou em escolas públicas da capital baiana, vindo a formar-se em Letras Vernáculas pela Universidade Católica de Salvador. Exerce a profissão de professora, em Escolas públicas da capital. Publicou alumas antologias, entre elas HAGORAG,Salvador 460 anos de poesia; Bahia de Todos em Contos, além de publicações nos jornais da capital baiana. Com um site no recanto das letras,fatimatrinchao.net, em que tem a oportunidade também de apresentar além de poesias, contos, artigos e crônicas. Cultora da poesia e das artes em geral, admira a todos os que dedicam-se à tão nobre mister. |