Um sonho
Amar-te como um louco é certeza
De devaneio sábio que vai alem da ilusão
Completar-se a noite clara da beleza
Dentro, fora, lado, costas, sombra, coração.
Amar-te como um vício do pouco ser
De entrega santa que nem tenta solidão
É ousar ingênuo inicio do saber
Na ventura de quem busca a comunhão.
É, me diriam, total loucura desejada
Ou impulso, corpo/alma machucada
Ferindo versos, sons, amores e oração
Cabendo muito em pouco, espaço: sim não
Na leitura, que tristeza, dessa vida já roubada
Desertando sem anseio e com frieza, o coração
|