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A última lágrima
Ícaro Ribeiro Mendonça

De quarenta milhões de células,
Uma se fecundou.
Nove meses de angústias,
E uma criança chorou...
A primeira lágrima cai.

Criança feliz, criança que brinca,
Criança que corre,
Cai e se machuca.
Criança que chora...
Mais algumas lágrimas caem.

Criança que pergunta,
Criança que responde,
Briga bate e apanha.
Criança que chora...
Mais uma lágrima cai.

Criança que cresce,
Que estuda, se forma e se informa,
Que de alegria chora.
Que causa orgulho aos criadores...
Mais uma lágrima cai.

Criança crescida,
Que adulto ainda não é.
Que diz a verdade como todos,
Mas mente como ninguém...
Uma falsa lágrima cai.

Adulto quase formado,
Que novas pessoas conhece,
Que namora, ama e perde.
E como criança chora...
Outras lágrimas caem.

Adulto que não é adulto,
Que criança ainda quer ser,
Que evita o inevitável,
Que chora porque não quer crescer...
Mais uma lágrima cai.

Família que é família,
Não briga e não se separa e nunca morre.
Ao menos na teoria,
A prática é dolorosa...
Caem as lágrimas finais.

Ligeiro e repentino.
Tudo aconteceu,
Não necessariamente desse modo.
Ao menos foi o que pareceu...
A penúltima lágrima cai.

Morte é morte,
Não é o revés da vida.
Ao menos na teoria,
Melhor morrer do que ver a morte.
A última lágrima cai.

Ninguém é dono do destino,
Ninguém sabe o quanto irá chorar,
Ao menos na teoria.
Um coração fechado não chora jamais...
Nenhuma lágrima mais.


Biografia:
Premiações em relação aos textos por ele exibidos não constam em seu currículo, porém mesmo assim ele se atreve a escrever poesias e outros textos. Seus últimos projetos são poemas em que ele aparece com três pseudônimos: Christopher Santos, Július Sonsoriet e Flora Augusta.
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