O grupo de advogados Prerrogativas homenageia Janja em jantar. Todos se perguntam: por quê? Eu respondo: pelo festival, em que ela xingou Elon Musk, apelidado jocosamente de “Janjapaloosa”. Todos se perguntam: mas por quê? Eu tento novamente: pela iniciativa de combate à fome. Todos, insistentemente, perguntam: sério? Eu respondo: não, não é sério, são só negócios.
O que define se alguém merece ser homenageado ou espinafrado? Neste caso, foram os interesses. Como o objetivo era agradar ao ”Chefe”, sem dúvida, a primeira-dama precisava ser laureada de qualquer jeito. Portanto, o amontoado de advogados lulistas procurou a brecha na qual poderia reconhecer a contribuição de Janja. Deve ter sido difícil.
Concomitantemente, foi inaugurado o “Janjômetro”. Possivelmente, inspirado no “Impostômetro”, que vai somando a carga de impostos, o “Janjômetro” atualiza os gastos da primeira-dama. Ou seja, uma pessoa que não exerce cargo público, torrando a grana dos impostos com banalidades e vaidades. Desde o Império, o brasileiro reage como pode; coincidentemente, como mais incomoda, com escárnio.
Nos 3 poderes do Brasil, não é necessário o merecimento, basta almejar. Chama a atenção a grande quantidade de premiações e reconhecimentos por absolutamente nada. Essa correria para adular incompetentes, indolentes e pilantras causará um futuro estranhamento, como encontrar Adolf Hitler entre os ganhadores do Nobel da Paz.
Os aplausos, o bis, os reconhecimentos, condecorações, agraciamentos, premiações, troféus e medalhas, muitas vezes, acontecem sem o reconhecimento, mas por conveniência ou interesses. A banalização desses acontecimentos apenas geram uma dúvida das reais intenções da homenagem.
Rosângela Lula da Silva, a Janja, foi homenageada num jantar. Algumas decisões inconfessáveis são tomadas em jantares. Alguém pergunta: por que em jantares? É fácil responder: porque a fome é grande.
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