Demorou, mas Fernando Haddad fez o pronunciamento, em cadeia nacional, anunciando um pacote financeiro. Infelizmente, o que Haddad falou desagradou o mercado. Como a noção do que é o “mercado” é quase abstrata, eu retifico a afirmação: o pacote do Haddad desagradou a todos. Realmente, o ministro da Economia é muito desagradável.
No dia seguinte, o dólar foi a inéditos R$ 6. Uma turma de economistas da avenida paulistana Faria Lima (“farialimers”) recomendou o PT para governar o Brasil. Já estava claro que uma quadrilha estava sedenta para cravar as garras em tudo que tivesse algum valor. Dos “iluminados” do mercado financeiro da Faria Lima, eu não aceitaria nenhuma dica de investimento; os mais novos, que foram estimulados a tirar o título de eleitor para eleger um bandido à solta, foram vítimas fáceis que seriam seduzidas pelo conto do vigário, assim como sempre as novas gerações acreditam nos ganhos generosos e fáceis das pirâmides financeiras.
O desastre econômico foi previsto, pois o ministro confessou que colou no curso de Economia. Eu também colei, só que foi na prova de Matemática da 5ª série. Eu só tenho coragem de expor esse ato vergonhoso porque sei que jamais prejudicarei alguém, ao contrário de Fernando Haddad.
A promessa foi picanha, a realidade foi abóbora e pé de galinha. Lógico, para aqueles que já conheciam Lula, os petistas e seus marqueteiros, tratava-se do “Conto da Picanha”. Mas nem sabendo da inércia e incompetência petista, adivinharíamos que a “Black Friday” seria um fracasso e que em vez de, no fim de ano, o brasileiro parcelar um pacote para Jericoacoara, Buenos Aires ou Serras Gaúchas, trocará peru por frango e parcelará a ceia de Natal.
Como panaceia econômica, a grande medida anunciada como solução, é a taxação de grandes fortunas. No entanto, somente a odiada classe média (o dono de um mercadinho, lojinha, firma, fábrica, bar, restaurante e padaria de bairro) literalmente pagará para ver. Os “amigos do rei” (proprietários das “Gigantes Nacionais”) mudarão o endereço fiscal ou acharão brechas legais.
Enquanto isso, Lula recomenda manter o pensamento positivo. Se eu mantiver o pensamento positivo, o PT nem sequer existirá.
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