Em 2023, a capivara Filó foi protagonista de uma controvérsia. Entre multas e apreensões, a relação do simpático bichinho e seu amigo (dono) abasteceram o brasileiro com capítulos de uma novela da vida real na Amazônia. Além da multa e apreensão do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a traumática separação foi judicializada.
O caso da capivara perdeu o “timing” para influenciar nas eleições presidenciais, diferentemente dos Estados Unidos, que estão sendo assombrados pelos fantasminhas dos americanos esquilo Peanut e o guaxinim Fred.
Comuns na América do Norte, a sorte dos esquilos foi não serem tratados como uma praga, como os ratos. Curiosamente, o esquilinho serelepe foi o carismático ator da confiança e amizade que estabeleceu com um cuidador de animais. Sempre “caçando” alimentos, o ágil mamífero era divertido por, com movimentos elétricos, parecer sempre desconfiado; também, salta no vazio, na esperança de agarrar na roupa do seu dono, como se este fosse uma árvore. Pelo contrário, a dócil capivara Filó sempre oferecia um semblante humano de desdém.
O estopim que fez parecer que a relação tinha que ser interrompida, foi quando o roedor de pelagem felpuda interagiu com uma cabeça de plástico do presidente septuagenário alaranjado. Conclusão: a duplinha de bichinhos “trumpistas” foi violentamente apreendida e sacrificada, com a justificativa de que podiam transmitir raiva. Sim, de um jeito ou de outro, foi raiva, muita raiva.
O “Efeito Streisand” foi imediato, pois o assunto tomou conta da internet. Com a facilidade de fazer montagens e desenhos no computador, internautas promoveram os animais republicanos a mártires e propagandistas da campanha de Donald Trump. E sua concorrente, Kamala Harris, ganhou a pecha de fazer parte de um governo assassino.
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