Talvez não fosse preciso que a Justiça Eleitoral interviesse nas eleições de São Paulo, mas intervieram. Alguém interveio antes que um “moleque” atrapalhasse o “teatro das Tesouras”.
Mesmo que autêntico, o atestado médico (referente à dependência química de Boulos) seria desnecessário, entretanto, o tal documento grosseiro, que tudo indica ser falso, foi a “bala de prata” disparada pelo próprio moleque Pablo Marçal, que por ser sem freio, não freou quando deveria. Portanto, uma nova composição do “teatro das tesouras” está garantida. Precisando derrubar a “quarta parede” (conversar com o público), Ricardo Nunes será eleito com o voto anti-Boulos.
Outro erro fatal para o candidato do partido nanico PRTB foi declarar que é a favor do “impeachment” de Alexandre de Moraes. A partir daí, como se fosse aberta a “Caixa de Pandora”, “todos os males foram libertados” e deu tudo errado. Conclusão: o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) estabeleceu o prazo de 24h para ele depor.
Querendo afastar a ameaça de um “outsider” (alguém de fora) invadir o panorama político, podem tornar Pablo Marçal inelegível. Porém, como vimos, Jair Bolsonaro, depois da mesma punição, ganhou popularidade; então, só há uma possibilidade de eliminar Marçal: a inelegibilidade vitalícia.
Normalmente, o eleitor se arrepende da escolha no início do mandato; dessa vez, sendo coerente com sua candidatura disruptiva e o “jeitão” acelerado, Marçal contribuiu para o eleitor mudar sua opção na sexta-feira anterior à “festa da democracia” (domingo).
Como quase sempre, ganhará o menos pior, e, acredite, isso já é alguma coisa para uma cidade que já elegeu alguém que prometeu o inexistente “Arco do Futuro”. O nome parecia uma promessa eterna igual aquele aviso de boteco:”Fiado só amanhã”.
Terminando, Pablo Marçal continuará sendo o autor de algumas propostas que talvez sejam inexequíveis; Ricardo Nunes, pelo contrário, continuará provando.
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