O Linux Mint 22 codinome Wilma chegou e instalei aqui. O sistema está robusto, estável mesmo com base Ubuntu, roda legal mesmo com 4 GB de RAM. Demora um pouco para instalar (uns 10 minutos a mais que antes) e está subindo com 1 GB de RAM, achei muito para um XFCE mas tudo bem. Senti diferença na ativação do touchpad por padrão, coisa que facilitou demais a minha vida. Ele substituiu o Hexchat pelo Matrix, tirou o Redshift e nada mais mantendo aquela cara de décadas. O bom que a base Ubuntu dele é muito estável e achei isto legal não tendo dores de cabeça. A usabilidade está supimpa e quem pretende migrar para o Linux não terá problema algum. Reconhece bem os periféricos e Android como sempre.
Eu senti uma falta de ousadia da equipe do projeto que poderia dar uma nova cara ao sistema. Sei lá, eu gosto de sistema mais claro já logo de cara e o modelo escuro causa um certo ar fúnebre, coisa que eu logo mexo e mudo trocando o papel de parede. Ativo o firewall, conecto facilmente, atualizo e trabalho bem. Sinto que o sistema poderia dar chance para um Plank na parte inferior e botar a barra de tarefa no topo por padrão trazendo um tema mais claro. Personalizo tudo em cliques, acho que sou exigente demais, importa o sistema dar conta do recado que faz com perfeição. Outro problema é o reconhecimento ortográfico na Internet especialmente ao comentar ficando a tal "cobrinha" vermelha. Eu resolvo isto no Synaptic instalando algumas coisas do Libre Office pt-br. Isto poderia ser resolvido por padrão.
Bom, o sistema está voando para 4 GB de RAM com 64 bits mesmo usando um Celeron como processador. Trabalhando nele aqui, está dando conta. O XFCE está bem maduro e vejo o Linux Mint acertando ao mantê-lo. Eu só fico triste com a falta de 32 bits com XFCE mas beleza, eu instalo um Debian na outra máquina com XFCE e vida que segue. Não posso reclamar. Usar o LMDE com Cinnamon para 32 bits mesmo customizado deixou meu computador velhinho uma carroça daí instalar o Debian. Não ficou tão rápido mas fica bem mais usável ao invés do Cinnamon do Mint.
A pegada do Linux Mint é entender o Wayland no Cinnamon. O foco é isto para as próximas versões. O projeto olha para o futuro e quem esperava uma canja para 32 bits com interface mais leve ficou vendo navios. Outro detalhe importante é que o sistema também não está preocupado com uma versão Minimal e isto não atende a filosofia do projeto que entrega tudo pronto para o(a) usuário(a). A loja de aplicativos está mais organizada e robusta, flatpack vem desabilitado por padrão, acho que o sistema mexe muito na base a partir de agora pois a cara daqui para frente será sempre esta.
Ao usuário ou usuária comum, o Linux Mint 22 atende bem e entrega mais ajustes finos. Ficou aquele gostinho de quero mais e não veio. Quem sabe nas atualizações que virão para o 22 não surjam novidades? O Linux Mint marca seu território ainda mais como a distro queridinha para récem-chegados(as) ao Linux. Pode ser que a ideia seja esta: não mexer muito naquilo que já está pronto. Veremos daqui para frente se o projeto ousará ou optará por "inovações invisíveis". Aguardemos.
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