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Um coroa no Atacama
Da para ir ao Atacama com 70, sozinho.
Rodrigo Nascimento

Resumo:
Como foram as alegrias e as pegadinhas de minha viagem sozinho ao Atacama com 70 anos.

Depois que me aposentei e trabalho de forma menos rotineira, passei a viajar bastante para lugares ricos ecologicamente, os perto, parques ambientais e cachoeiras e os longes, patagônia e agora o Atacama, a princípio, ia com meu colega de infância mas ele teve um imprevisto e não pode ir.
Comecei a planejar essa viagem vendo muitos vídeos no YouTube, eles me alertaram para a necessidade de uma boa preparação física e foi o que fiz por quase 2 meses, me preparando para enfrentar o "mal da altitude". A primeira surpresa desagradável foi sobre a passagem de avião que comprei, a empresa que me vendeu ofereceu o vôo de Santiago para Calama por um preço melhor porém, não dei a devida importância que ela cobrava e cobrava caro por bagagem de mão. Bom, no meio do jogo não dá para mudar a regra, engoli a seco e fui embora, ao chegar em Calama o primeiro impacto era a secura extrema, o nariz chegava a sangrar e beber água várias vezes era o que suavizava o mal estar. Chegamos a San Pedro, um lugar muito interessante sobre vários aspectos. O nome Atacama, vem dos primeiros povos que lá habitaram, os Atacamenhos, é um planalto enorme, cecado pelas tres cordilheiras principais, a do mar, os Andes e a coordilheiras do sal, rica em minas. Sempre imaginei o deserto de areia, mas no Atacama é um deserto com lagoas salgadas devido as minas subterraneas e as aguas subterraneas que afloram por elas, junto com o cascalho vulcanico, o rípio, gerando uma poeira amarela e grudenta que te faz reconhecer pelo tenis as pessoas que foram lá. As construções são feitas em grande parte em adobe, muito resistente as tremendas variações de calor diárias e duráveis, até o telhado da igreja é coberto com adobe. O outro aspecto interessante é que a população tem grande influência boliviana, são pessoas tranquilas e minuciosas com um hábito especial de tecer pelos de Lhamas, os Ponchos coloridos, essas pessoas são calmas e atentas a pequenos detalhes das coisas que nos chamam a atenção. Os restaurantes são bons, a comida um pouco simples pois o lugar é longe de tudo e um pouco cara, cheguei a pagar o equivalente a 100 reais por um capuccino e 2 croissant enfim se tiver o dinheiro paga e não faz a conta, lá naquele deserto você vê claramente que a vida é agora. As atrações turísticas são maravilhosas porém o comércio delas é que é cruel. Vários intermediários te dão informações enganosas, te fazem ir a lugares desnecessários e perder muito tempo, é preciso selecionar muito e se tivesse com mais uma pessoa teria alugado um carro e feito todos por minha conta. Enfim fiz o que queria, senti um pouco mal a 4.500 mts, mas isso foi agravado por uma Van correndo demais em uma estrada com costeletas e excesso de curvas, além de um banco quebrado na frente que me fez viajar com as pernas de lado prejudicando minha circulação. Deu vontade de fazer essa viagem de novo, com calma, vir de carro passando por Santiago, afinal quem tem pressa não saboreia bem, para não dizer que come cru.






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