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A ESPERADA 10
DE PAULO FOG E IONE AZ
paulo ricardo azmbuja fogaça

Resumo:
OWWW





     Mesmo assim, Glória o acompanha até a beira da estrada.
   - Aqui esta bom.
   - Obrigado Lucas.
   - Olha, o que for falar com ela, saiba que eles são seres.
   - Eu sei Lucas.
   - Limpe todo coração e deixe as mágoas para trás.
   - Sim, eu entendo.
   - Olha, ela faz ou fez o que fez por que foi este o dirigir que ela obteve.
   - Eu a respeito, Lucas.
   - Tomara que na hora dos atos conflitosos ainda esteja assim.
   - Como assim, o que quer dizer com isso?   Nisso, Lobato entende aquilo com sua ida.
   - Adeus.
   - Por que, não vou mais te ver?
   - Não.
   Glória vai até o garoto e o abraça nisso Lobato a chama.
   - Vamos.
   - Agora?
   - Sim, aquela mulher sua mãe, quer te contar outras coisas.
   Glória termina de se despedir de Lucas que segue pela estrada até entrar em um trecho a pequeno mato.
   Na casa, assim que Glória entra ouve um tocar de violão, mudinho dedilha aquele instrumento enquanto Nádia banha a filha em uma tina de ferro.
   - Oi Glória.
   - Estou vendo que quer ficar mais cheirosa.
   - Sim, minha mãe esta me limpando por que a tarde vamos ao médico.
   - Médico?
   - Sim, tenho que entregar os resultados dos exames para que ele me libere a estudar.
   - Não vai á escola?
   - Poucas vezes, eu me sinto mau lá, a professora vem três vezes por semana e me deixa lição.
   Glória ouve aquilo enquanto ajuda Nádia a secar a filha, logo Felipa esta na cama e adormece ao som do violão, Nádia entrega algum dinheiro ao Mudinho que deseja tudo em sorte ali gesticulando e sai em sua carroça.
   - A senhora vai trabalhar mais tarde?
   - Não, vou ficar com Felipa por alguns dias.
   - É sério o problema dela?
   - O dr vai abrir os exames mais já me disse, ela tem o corpo bem fraquinho.
   - A senhora é uma grande mãe.
   - Não, eu fiz e faço ainda muitos erros por ai mais agora me diz, vai morar por aqui por perto?
   - Meus pais foram buscar nossa mudança na fazenda, ele trabalhava lá.
   - Que bom, tomara que fique por perto.
   - Sim, acho que ficarei.
   - Você estuda?
   - Sim, vou ter de ser matriculada por aqui.
   - Vai dar certo, olha você é muito agradável.
   - Obrigada senhora.
   - Pode deixar a senhora de lado, sou Nádia, pra você também, viu.
   - Obrigada Nádia.
   A mulher olha para Glória e sorri saindo para o canto do quarto onde pega um álbum pequeno de fotos.
   - Acho que é o meu maior tesouro.
   - São fotos de vocês?
   - Sim, pegue, olhe.
   Glória senta na cadeira ao lado da porta e abre aquele álbum com fotos de pessoas das quais nenhuma ela reconhece até ver uma foto no cais ao fundo uma embarcação, 3 homens bem novos, Nádia e outras 2 mulheres junto deles.
   - Acho que já vi este homem aqui?
   - Qual?
   - Este. Aponta Glória para a mãe o homem.
   - É o Natal, olhe se ele chegar perto de você, saia para longe.
   - Por que?
   - Ele é um bom cara, fato é que quando bebe não respeita a própria família.
   - Nossa, não me parece.
   - Pois é, graças ou não, ele esta de casamento marcado.
   - Ele, com quem?
   - Acredita, com minha irmã, só por parte de pai.
   - Irmã, você tem irmãos?
   Glória diz aquilo e fica um tanto enfurecida por Natal não ter contado nada sobre uma tia ou melhor, sobre ter tido um casamento com ela.
   Nádia meio que percebe o choque daquele momento a garota ali a sua frente e vira a página até parar em uma no parque de diversão onde ela e a irmã estão no carrossel.
   - Veja, ela é Dominique, minha irmã, mora numa fazenda a uns 50 km daqui.
   - Ela é bem bonita.
   - Pois é, ela já ganhou dois concurssos de garota estudantil.
   - Nossa, mais ela é bem nova.
   - Pois é, eu realmente não entendo por que aquele velho quer casa-la com este traste do Natal.
   - Será que é por dinheiro?
   - Quem, Natal, aquele trabalha nas embarcações, não ganha tão mau, gasta tudo nas bagunças, não tem uma telha para ficar debaixo.
   - Nossa, muito triste.
   - O quê, olha, a maioria dos caras aqui são assim, tem muito serviço, eles saem de um cedo e já estão em outro á tarde, mais pior é o pagamento, sempre baixo.

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Biografia:
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