Amanhece, Janet sai junto aos primeiros raios solares, o velho a vê de longe enquanto saboeria mais um gole do rum que ganhara, a passos rápidos, ela atravessa o beco e pára frente ao galpão do Bill.
- Abra essa joça, velho porco.
- Veja como fala, piranha de quinta.
Risos dos dois e logo eles bebem leite de búfala e mel, ela degusta as bolachas de ervas finas feitas por uma das mulheres do dono dali.
- Vejo que arranjou fruta fresca.
- Um velho e sábio sempre sabe onde fica a fonte.
- Velho sempre foste, sábio, nem que o bode te lambesse. Risos.
- Veio por aquilo?
- Fez, você fez?
- Sim, venha cá.
Ela acompanha Bill até um quarto sujo com paredes mofadas, ele tira de uma gaveta uma carta.
- Quando chegou?
- Pouco antes de sua vinda.
- Mais deu tempo de terem recebido?
- Quem te disse que foram eles?
- Como vou saber o que esta escrito?
- Espere. Bill vai a porta e grita por uma mulher, logo vem uma jovem, tão nova quanto as cabritas no rodeo.
- Leia para ela.
- Eu?
- Sei que sabe ler.
A garota segura a carta com mãos tremulas.
" Saudações, cara irmã em luta, apresenta-se nesta as futuras sob a requisição de armas e controle de fronteiras norte - sul - leste.
O oeste já declarou que vai ter com o sul sob a proposta de compras de gados, as ovelhas do leste foram deixadas para sofrer a queima de Platine, agora resta o solar de Fill e as ilhas remotas.
Agradeço tudo que tens feito em prol da nossas conquistas, infelizmente o nosso Martim foi viajar e o senhor do ouro agora mantém fixos nas terras do sul.
Não se esconda nas colinas por que estas são vigiadas por colossais negros.
As orquídeas dos pastores são frias e vermelhas ao longo do Étio.
Sinceros adeus." A T Z.
A garota devolve a carta para Bill que olha fixo em Janet.
- E então?
- Estamos por enquanto fora de perigo.
- Será?
- Olhe, me dê a carta, vou leva-la para uma dama de rezos.
- Vai procurar uma feitiçeira de qualidade duvidosa?
- No momento eu entendi que o mar de Étio esta em chamas, com certeza há tropas nele.
- Se esqueceu que estamos á beira do mar.
- Eles vão passar por nós sem causar mal.
- Por que sabe disso?
- Se quiserem já o teriam feito.
- Como assim?
Janet sai dali seguida por Bill, do lado de fora ela aponta de forma cautelar um grupo de homens maltrapilhos.
- Dou minha taverna, eles são da frota.
- De que reino?
- Logo saberemos.
- Mais............
- Não percebeu, estamos tendo mais gente em nossas portas, os negócios fluem.
- a custa do sangue de inocentes.
- Não há mais inocentes por estas terras, vimos e fomos cruéis o bastante para merecermos tais punições.
- Fale por você, não vou me entregar.
- Cale a boca, eles tem olhos e ouvidos a toda parte.
- O que faremos?
- Continue com seu trabalho, faça tudo que eles pagarem, eu irei fazer o mesmo.
- E Leonor?
- Ela é outro assunto, sabe bem que ela é aliada com a FRANCA FORÇA UNILATERAL, somos seus bonecos que ela mexe da forma que o quer.
- Mesmo assim............
Logo Bill sente um frio próximo ao umbigo, Janet segura uma adága que ela traz para a pele do homem.
- Cuide de seus afazeres, não faça barulho, pegue seu ouro e continue ai, do seu jeito.
- Tudo bem. Ela joga um saco pequeno aos pés do homem e sai dali ajeitando o cabelo.
Salynir termina o desjejum quando um servo junto de dois pajens entram no quarto.
- Rainha.
- O que foi?
- Fomos roubados.
- Como assim?
O escriturário relata a falta de documentos e outros rascunhos reais.
- Arrume 10 servos, quero tudo mexido e revirado naquele salão de notas.
Tempos depois e sim, é dado falta de alguns talões e pedidos bobos sem muita importância.
- Isso aqui jamais deveria ter acontecido, graças ao sr do escrito sabemos que este lugar guarda gente de procederes duvidosos.
- Como assim?
- Traga a cadeira do agouro.
- Rainha.
- Agora. Os cavaleiros saem e logo retornam com o artefato, uma cadeira rodeada de pregos e lanças, um servo é amarrado e logo começa o interrogatório, com cada resposta não aceita dada pelo homem, é feito o aciono da cadeira de forma a ferir este que grita em dor e desespero.
No condado de Vilany, Banny olha as duas fileiras de colonos e familiares do senhor das terras.
- Sabem por que o fogo cura de melhor forma?
- Não mestra.
- Por que se torna santificado quem o agrada com seu corpo.
- Isso é errado é crime.
- O quê?
- Por favor mestra. Ela ordena e centenas tiros ali são dados, todos caídos mortos, afastado as crianças choram pelos pais.
- Levem os garotos para as minas de cobre.
- E as garotas?
- Estas virão comigo, quero fundar minha escuderia imperial, guerreiras assassinas.
200922...................
No norte, Cordélia é chamada e se vê diante ao corredor para a cozinha, ali 8 servas e servos em trajes de inferior somente a cobrir as partes íntimas.
- Rainha.
- Cordélia, te chamei e quero seu testemunho nisto.
- Por que eles estão assim minha senhora?
- O destino deles cabe a sua sorte.
- Como assim?
- Tenho dois papéis e você escolhera somente um.
- Por que eu, rainha?
- Só escolha, não te cabe perguntas.
- Eu escolho este.
- A governanta pega o papel e entrega ao pajem ao lado da rainha, Salynir lê e olha para todos.
- A forca.
- O quê?
- Agora.
Pouco tempo ali ao fundo do jardim são feitos os laços de cordas, cada um preso ao pescoço em galhos de uma jaqueira.
- Por favor rainha.
- Que sirva de exemplo, não quero ladrões e permisiosos por aqui.
Ao terceiro apito são empurrados e se vê o desespero ao bater de pernas e pés.
Corpos retirados e jogados a uma vala comum no campo dos traidores.
Quem for enterrado ali não tem direito sequer da benção dos familiares.
Cordélia mantém o espirito forte diante a tal atrocidade e um questionar mais vai ao encontro de suas funções delegando, fiscalizando e orientando aos servos inferiores.
O dia demora passar e ela tem na mente os corpos balançando ao vento impiedoso do leste.
- Meu Deus, por que aquela mulher tomou tal atitude?
Ali diante ao trabalho ela segue, a noite após o guardar do último objeto na cozinha ela segue para seu quarto e ali desaba num choro, mais tarde já de inicio a madruga sai escondida com maços de velas que queima nos limites do muro traseiro do palácio, profere antigos ritos e se deita no chão de pedras, ali chora e depois levanta retornando ao seu quarto.
- Onde estava?
- O que é isso?
O guarda real olha para a mulher ali com o rosto marcado pelo choro.
- Por que foi fazer aquilo?
- O que diz garoto?
- Tia, sabe que pode ter o mesmo fim deles.
- O que quer, vai entregar teu sangue por fazer o certo e pedir a paz aos que foram?
- Tia só não quero que tenha problemas.
- Sou Cordélia, fiz muitas coisas das quais algumas não me orgulho, mais isso foi demais, eu vi eles serem mortos por não dizer o que não sabiam.
- A rainha quer respostas, só isso.
- Não Jericoh, ela quer mostrar o seu poderio.
- Para quê isso agora, não se esqueça, também manchou suas mãos em sangue deles.
- Eu sei, por isso eu sei, não vou aguentar.
- O que pretende tia?
- Vai embora, saia daqui.
- Tia.
- Por favor querido, não quero que tenha problemas por estar aqui.
- Vou fazer minha ronda e retornarei.
- Que seja, só vá.
O rapaz sai deixando Cordélia cabisbaixa, ela fecha a porta e se joga na cama.
Salynir termina o higiene do corpo e vai para a cama, Donovan a olha com curiosidade.
- Soube que resolvera promover umespetáculo de horrores?
- Somente fiz o seu papel, enquanto estava a dar teus pulos, eu resolvi algo que já deveria te-lo feito.
- O quê, matar servos?
- Os meios são sempre os mesmos, te garanto que logo teremos respostas.
- Nunca mais faça isso, mesmo sabendo que nossos dias estão contados, isso não te dá o direito.
- Vá dormir, afinal você só serve para isso e galanteios impróprios.
- Vaca.
Donovan se vira na cama e logo adormece, Salynir vai para a frente do espelho e nisto vê outra pessoa no quarto.
- O que veio fazer aqui, quem te deixou entrar?
A mulher ali na sua frente aponta para a janela e depois ao espelho, neste Salynir vê o vulto entrando na sala e tirando fotos e alguns documentos.
- Quem é esta pessoa?
- Isso cabe a você descobrir, só se pergunte, fez o que realmente deveria ter sido feito?
- Vá embora.
A mulher desaparece e a rainha desmaia ao lado da cama.
Amanhece e os primeiros guardas de escolta do casal real chega ao reino do norte, a rainha fora avisada e já esta com Donovan a espera destes no portão principal do palácio.
- Estou bem, quero estar bem apresentável.
- Para quê, entregar tudo isso ao novo inquilino.
- Onde aprendeste este tipo de fala?
- Lendo meu ex amor, fazendo tudo que um rei macho deveria estar a fazer.
- Vá para o inferno.
Damek entra nos dominíos do palácio com sua comitiva de seis carroças, trazendo grande variedades de artistas, jóias, doces e bebidas exóticas produzidas pelos bárbaros e nativos do leste/oeste.
- A pulga não se deteve ao cão governo.
- Olhe, minha querida irmã ainda usa a coroa.
- Por pouco tempo, vouter com os meus para as bandas do leste.
- O quê, pretende fazer o caminho de volta?
- Damek, como sempre a frente das curiosidades e relatos públicos.
- Se diz sobre fofocas, sim, soube que estão de dias contados.
- Pois é, achou a farsa real.
Três dias depois e Cordélia ainda auxília no limpo das marcas daqueles que foi e já esta sendo como o conhecido "massacre das notas", ainda rola um certo medo e um tempero de raiva e inconformismo.
- Quando irão chegar?
- Ouvi dizer que nesta tarde.
- A mulher dos sauês disse que a vila de Delf esta com vários cavaleiros da escolta.
- Então acredite, logo teremos os novos patrões.
- Tomara.
- Por que diz isso, saiba que quando eles chegarem não irá mudar e se for será para o pior.
A governanta vai até as duas servas e termina com o falatório, no quarto Donovan se desfaz da roupa cerimonial.
- Por que fez isso?
- Cansei de vestir isso.
- Para mim, tanto faz, mandarei uma serva levar para o sauês.
- Faça isso.
- e daí, já fez tua parte?
- Esta tudo pronto, quer ler?
- Olhe rei, sabe que meus dias estão contados, logo serei uma simples dama.
- Te agradeço por ter ficado a meu lado por este tempo.
- Acha que eu iria perder a oportunidade de ter a boa vida, fora o nosso acordo de ouro e jóias.
- Que pelo jeito já decidira o destino dessas.
- Fiz o que tinha de ser feito.
- Parte quando?
- Assim que terminar o banquete.
- Serão 3 luas.
- Vou na primeira, por força do protocolo tenho que participar da primeira, depois é opcional.
- Já escreveu tua desistência?
- Bem antes de saber do recente assumo ao trono.
- Como será daqui pra frente?
- Pare de pensar bobagens, fizemos nosso papel, nos unimos de forma contratual sem direito ao coito e fomos bons administradores deste reino.
- Será que realmente fomos?
- Olhe, não vou ficar aqui lamentando isso ou aquilo, chega, fiz minha parte na novela de neriquecer cofres e calar o bom povo.
- Olhe só você, parece um glutão, um homem sem suas honras.
- e que honra há em liderar um povo que luta para se manter em pé em meio a falta total de meios de existir.
- Demos coisas, esperança.
- Pare Donovan, na verdade retiramos tudo deles quando optamos por ainda seguir esta velha cartilha de leis que mantém o desiquilibrio de nobres e feudos.
- Você é uma politica nata.
- E sou, só que vou escrever outra nova história com direito ao meu luxo e pão na mesa dos meus.
Donovan já livre de roupas somente tendo um tecido enrolado ao corpo bate palmas daquilo dito por Salynir.
- Nem mesmo você acredita nisso tudo.
- Veremos, meu ex love.
- O que é isso?
- Leia os antigos escritos do povo que já não vive.
- Tomara que os reis de agora proiba de uma vez o acesso a estes escritos.
- e ai sim, estaremos numa total nuvem negra de desinformação e coação intelectual.
O rei olha para ela e segue para o reservado a trocar de roupa, Salynir sai dali e logo 4 pajens entram e levam a vestimenta de Donovan.
Mia olha Serage limpar 3 coelhos que serão usados no juizado, logo recebe de um garoto um rolinho com selo de Kazeb.
- Deixe-me le-lo.
Terminado a leitura ela exige a presença de parte dos seus, logo 60 homens ali.
- desarmem tudo, vamos para Kazeb.
- Sim mestra.
- ficaremos a certa distãncia, estejam prontos para o ataque.
220922...................
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