O assunto Inteligência Artificial (IA) tem gerado um pavor nas pessoas e preocupação. O temor é a possível substituição do trabalho humano pela máquina causando uma extensa discussão antecipada e até mesmo limitações legais para seu uso. A mídia também criou uma "indústria antecipada do desemprego" ao colocar em evidência algo que não temos certeza quando entrará globalmente em execução, quais setores, onde, como será regulada e etc.
Teremos um tempo de transição para isto que já está em andamento. A IA não é algo atual vindo de empresas no passado onde refinavam relatórios bem mais precisos para atender as necessidades empresariais mesmo que manualmente. Ela está sendo refinada em termos computacionais ganhando mais rapidez e extrema precisão no século XXI. Não é desconhecida do mercado corporativo e nem dos setores da Tecnologia da Informação (TI).
Testes já estão em execução como em sites de Xadrez e estudos para melhorar lances em partidas. Refinamentos de lances e possíveis jogadas já são vistas pelos olhares da IA mostrando lances péssimos, ruins, brilhantes! Isto é só um exemplo. No campo corporativo poderíamos obter dados específicos de clientes e tendências de consumo capazes de modelar melhores aquisições de matérias-primas, produção e vendas.
Problemas sérios são: o uso correto, sua possível regulação e fiscalização. É muito cedo para entrarmos em debate tão ácido sendo que a maior parte da humanidade desconhece tecnologia altamente complexa. Especialistas precisarão dar as caras e mostrar benefícios, desafios e possíveis questões mais problemáticas do seu uso não só para o público leigo como Estados.
Fala-se tanto do uso da IA e muitos países sequer sabem como lidar com tal questão. Projeta-se para que em 2030 tenhamos as primeiras imersões neste mundo incerto desta nova tecnologia. Alguns especialistas dizem que antes de 2030 será quase impossível entramos em consenso para que seja formalizado seu uso prático. Neste sentido, é preciso conhecer bem para regular e aí sim colocá-la em uso.
Empresas precisarão redesenhar processos e sua Arquitetura Empresarial. Não será tarefa fácil demandando profissionais pontuais para concatenar todos os recursos humanos e sua melhor performance diante de tecnologia altamente complexa. Planejar estudos altamente específicos com investimentos em larga escala de forma pública terão que ser pensados. Universidades devem buscar detalhadamente como formar profissionais assim como cursos técnicos.
Há questões de cyber segurança envolvidas. Não é algo que se implante tão facilmente diante de estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais tão divergentes dentro do planeta Terra. Estados sentirão ameaçados e possíveis vetos para adoção rápida ocorrerão. Não é uma decisão unilateral das organizações envolvendo questões muito mais amplas, como dito, segredos estatais.
O problema deve ser a saída do processo da IA, ou seja, aquilo que ela entrega como produto tangível, intangível e serviços. Uma regulação deverá ser global, indicando os mantenedores desta tecnologia. Serão países, comitês, empresas designadas por maioria ampla? Quais sanções ao mau uso e limites aos quais ela poderá ser usada? Estamos lidando com o incerto. Não será tarefa fácil para os próximos anos recentes.
É preciso entender que empresas pressionam para que a IA entre tão logo em uso. Há também questões éticas em jogo colocando em xeque se as atuais leis que regulam Banco de Dados serão suficientes para mitigar problemas mais específicos. Outro problema recai sobre seus códigos e direitos sobre uso. Será código aberto ou fechado? Haverão auditorias? Quem garantirá possíveis prejuízos? Estados ou empresas privadas?
Cabe uma visão sobre IA e evolução humana. Fica claro que o Homo sapiens sapiens só ganhou uma tecnologia dentro da própria espécie e não está surgindo uma "nova espécie humana" como a mídia tenta mostrar. A chegada da IA é só uma tecnologia dentre tantas que o Homo sapiens criou e nada mais além disto. Talvez, o Homo sapiens e suas tecnologias nem sirvam para uma nova espécie humana no futuro.
No campo da História, quem sabe daqui 3 ou 4 séculos, historiadores(as) poderão apontar que estamos em nova Era da humanidade? Não podemos afirmar e nem fechar questão atual sobre isto somente pelo uso da IA ou tecnologias combinadas, dizendo que passamos para uma nova fase da História humana. Pode ser que um comitê julgue necessário marcar nosso tempo como uma virada de página deixando a Era Contemporânea para trás. Nada garantido.
O desespero colocado no primeiro parágrafo é sofrimento por antecipação. Nenhuma empresa que tenha juízo arriscará capital sem regulação estatal sobre tema tão importante. Haverá muito "chá de cadeira" antes da aplicação da IA conforme descrevi. Não é somente uma aquisição privada sem qualquer regulação como se comprasse um almoço, indo muito além. Cabe ao mero mortal estudar. Quem sabe a IA não te chama para trabalhar?
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