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Crise no futebol alemão, italiano e brasileiro
Vander Roberto

Brasil, Itália e Alemanha estão passando por momentos ruins no futebol mundial na última década. Primeiramente, falarei da modalidade masculina. No caso brasileiro, não conseguimos passar mais das quartas em Copa do mundo após o vexame na semifinal em 2014. Nem a conquista da Copa América em 2019 serviu para melhorarmos nossa qualidade em Copas do Mundo. Já a Itália não conseguiu classificação para as duas últimas Copas do Mundo mesmo sendo a campeã da Eurocopa. O caso alemão chama bastante a atenção não conseguindo passar da fase de grupos nas duas últimas Copas. Estas 3 seleções precisam de revisões em sua forma de jogar ou sofrerão ainda mais diante do crescimento de outras seleções menos destacadas. Na modalidade feminina, a Copa do Mundo Feminina em 2023 mostrou bem o quanto estas 3 seleções estão precisando de novas visões. As 3 não passaram da fase de grupos.

A pergunta que não quer calar tem que ser formulada. Brasil, Itália e Alemanha desaprenderam a jogar futebol? Não. O problema é a qualidade tática que está sendo apresentada em campo resultando em desastres tanto no masculino como no feminino nas 3 seleções e modalidades. Pontualmente, o jogo aéreo alemão está esgotado. A bola fica muito no ar, o toque no selecionado alemão sumiu, as tabelas e finalizações são baixíssimas nas duas modalidades. Na Itália, nem mesmo a conquista da Eurocopa serviu de alento para obter vaga na última Copa do Mundo no masculino. No feminino, a Itália ficou devendo ao menos para minimizar o vexame masculino ausente nas duas últimas Copas. Futebol burocrático e feio de ser visto. Já o caso brasileiro é pontual. Tanto no masculino como no feminino estamos bem distantes da realidade das demais seleções que estão no auge precisando revisão tática e técnica. Na prática não estudamos os(as) adversários(as) e nossas preparações táticas são horríveis acreditando que o peso da camisa resolverá e isto não existe mais.

O futebol fica muito pobre quando Brasil, Itália e Alemanha estão em crise. Pode-se dizer que tais seleções desceram o nível. A qualidade apresentada é bem duvidosa e não surpreende os resultados ruins. Outras seleções progrediram muito e estão melhores que as três. É preciso entender que não é só uma questão de placar não obtido no momento esperado e sim questões táticas e técnicas. Numa visão mais global, o futebol das 3 está sem qualidade e adota uma postura do "vai do jeito que dá porque temos camisa". Isto não pode acontecer. Quem perde com tudo isto é o futebol mundial que acredita ver nova evolução em outros selecionados, por fim, observa um futebol nivelado por baixo. As 3 escolas de futebol que reúnem 13 mundiais no masculino e 2 no feminino precisam questionar a qualidade apresentada. Vale lembrar que a Alemanha é ainda a única seleção a ter conquistas nas duas modalidades em nível profissional em Copas do Mundo sendo mais surpreendentes suas péssimas campanhas de uma década para cá.

Onde está o problema, afinal? Acredito no péssimo desenho tático e o excesso de estrangeiros em clubes de futebol nos casos europeus. Isto reflete bem nas seleções europeias. No caso brasileiro, há pouco estudo das equipes adversárias. A adoção do chutão e bola aérea é fortemente a marca das 3. Não é surpresa que isto diminui a qualidade apresentada em campo. Vindo da escola inglesa este modelo de jogo, é uma forma cômoda de justificar conhecimento com a bola, o que acaba matando o drible, as tabelas e triangulações mais complexas, levando-o para um futebol feio, bola sempre no ar e pura perda de tempo. Futebol é gol e isto se faz com domínio da redonda, passes precisos e finalizações de qualidade. Quem só cabeceia perde a técnica em finalizar com os pés. O modelo jogado pela Inglaterra durante décadas com bolas alçadas na área para cabeceios não resultou em conquistas. Quando colocaram a bola no chão, a seleção feminina ganhou a sua Eurocopa e a seleção inglesa chegou a final do mesmo torneio no masculino. Outro destaque negativo nas 3 seleções é o jogo muito lento tendo muito toque de bola e pouca verticalização acertada ou qualidade, além de concentrar as finalizações em tiros de longa distância com pouca objetividade. Isto é reflexo da pouco ou baixo domínio em finalizações com os pés.

O ano de 2022/2023 deve ser bem refletidos pelas 3 seleções exaustivamente para não copiar erros passados. As 3 Federações precisam reavaliarem aquilo que botam em campo. Ajustes táticos e técnicos são urgentes. Não havendo isto, diferenciar uma quarta divisão paulista e uma seleção na Copa torna-se tarefa só para analistas bem técnicos porque tudo parece igual mesmo havendo material humano de qualidade na ponta da elite futebolística. Veremos nos próximos anos se tais seleções voltam aos momentos de glória porque o futebol pede melhoras. É isto.


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