- Ainda ama ela, não?
- Como pode ver, sim, mais logo passa.
- Bem vou terminar logo isso, antes que o sr patrão retorne.
- E eu vou para o balcão, viu que o Lucas ainda não me gritou?
- é mesmo, mulher dessa vez?
- Sim, uma coroa, tá soltando a grana pro muleke.
- Sabe, vocês dois são loucos. Risos.
Gabriel sai e Monique continua ali a encher os potes nisso toca seu celular.
- Oi.
- E ai amiga?
- Tânia, você viu o vídeoa?
- O do morador, sei, achei horrível.
- Preciso falar com você.
- Sei lá na facul.
- Não, passa em casa antes.
- Tudo bem.
- Tenho que continuar aqui e..........
- Fui beijos.
- Tá. Desligado o celular, ela continua até ouvir o som de mensagens, ela pega e visualiza.
- Puta que pariu, o que este muleke quer?
Tempos depois mais aliviada no trampo, ela liga e quem atende do outro lado, Rodrigo.
- E ai?
- O que foi cara, ficou louco?
- Sabe que logo vão chegar na gente.
- Eu não fiz nada.
- Eu sei, por isso quero falar contigo.
- No fim da aula, na facul.
- Eu te procuro lá.
- Falou.
- Falou.
Ela guarda o celular na bolsa e desliga o preparo do oitavo sabor que ela coloca no balde para levar a gelar quando Otávio chega.
- E ai pronta para o balcão?
- Sim seu Otávio.
- Que bom, só não quero problemas com outros fregueses.
- Fique tranquilo, não haverá.
- Certo, então se arrume e pode ir, logo chega um garoto que contratei para este tipo de serviço.
- Obrigado seu Otávio.
- Sabe que vou ficar de olho, qualquer problma será sua demissão.
- Sim sr.
Monique arruma o cabelo frente ao espelho no banheiro e coloca o avental de trabalho, um kepe na cabeça e sai para o balcão, o lugar já esta com quase todas as mesas cheias.
- Nossa, bem movimentado hoje?
- Graças essa luz, bem vindo sol.
Intervalo de aulas na facul, Monique sai para fora e logo Tânia vem a ela.
- Poxa, como eu pude ter deixado você sozinha com aqueles dois.
- Eu preferi ficar, você não tem culpa alguma.
- E seu pai?
- Eles não sabem de nada, pode deixar eu cuido disso.
- Olha, sabe, te olhando assim, até parece que você gostou do que eles fizeram.
- Pare Tânia, sabe, eu é que fico um tanto assustada em ver tua reação para com eles, são seus amigos.
- Como dizia meu avô, colegas de ruas, só isso.
- Pois para mim, são seres humanos, o único louco deles é o Felipe, foi ele que fez toda a merda.
- Acorde, o Felipe é unha e carne com o Rodrigo.
- Eu sei, mais é diferente do que você pensa, o Rodrigo tentou por tudo parar o Felipe.
- Teatro, tenho certeza que foi por você estar lá, por sorte o cara lá não morreu.
- Mais esta entre a vida e a morte no hospital.
- Tomara que morra, só assim vou ver um deles na cadeia.
- Vire essa boca para lá, nossa, Tânia você se alegra com o mal.
- Eu, tem certeza que sou eu, acho que não, por que não fico de carona com machos e assassinos.
- Olha, não vou ficar aqui para não perder nossa amizade.
- Eu sei, vai atrás dele.
- Vou mesmo.
Monique sai dali um tanto abalada com a atitude de sua amiga e segue para o sanitário, no caminho ouve um assovio e olha, Rodrigo e Alex ali ao canto do quiosque de vendas de salgados.
- Oi meninos.
- O que houve, sua amiga te pertubou sobre a gente?
- Deixe ela, de tudo eu sei que não esta errada, ter ficado e vindo com vocês não foi das minhas melhores escolhas.
- Afinal somos jovens, ás vezes, temos de fazer merda.
- O que o Felipe fez foi horrível, aquele cara é um monstro.
- Vai denuncia-lo|?
- Deveria mais sabe, tenho que cuidar de minha vida, se aquele homem sobreviver, ele que o faça.
- Falou bem hein.
- Porém, nunca mais eu saio com aquele louco, psicopata.
- Te admiro Monique, quer ir para um barzinho depois?
- Não, tenho que estar no trampo bem cedo amanhã.
- Mais a lanchonete la´, só serve sorvetes e abre ás 10.
- O que foi Alex, esta me seguindo?
- Eu não, só passei lá e te vi.
- Quando?
- Ontem.
- Mentiroso.
- Certo, hoje, eu ia entrar e te agradecer por ter ficado no cuido ao meu lado.
- Sei, agora tenho que ir ao banheiro antes que toque o retorno as aulas.
- Falou.
- Falou.
Monique segue os rapazes se olham ao longe Felipe faz sinal ligando a lanterna de seu celular.
Na sala, os alunos se esforçam nas atividades propostas pelos professores e Monique é a primiera a terminar a lição saindo um pouco antes do final e com autorização sai da facul, segue para o ponto de ônibus que logo pára ali e ela entra a espera de outros que irão tomar o coletivo para seus bairros.
Em outro bairro, Cláudia bebe mais uma taça de vinho na companhia de Felipe.
- Você fica cada vez mais linda bebendo.
- Eu sei, seu irmão falava o mesmo.
- Porra você sabe bem quebrar o clima.
- Que clima, ficou louco, logo serei a sua madrasta.
- Você sabe como dar o golpe, é bem uma filha da puta.
- Olha como fala garoto, posso te dar umas boas palmadas.
- Mais diz ai por que deixar aquela sonsa da Monique nesta situação?
- A Monique é aquele tipo de bom anjinho que eu detesto numa franga.
- O que vai fazer?
- Agora temos de levar para o segundo ato.
- Vai mesmo colocar meu pai neste jogo?
- Oras, eu não sou mulher de ficar fugindo de uma crise assim, do nada.
- Devo ter medo de você?
- Só um pouco, faz bem para a pele, sabia.
Moreira e Ribeiro consórcios, se faz todo tipo de consórcio, ali na sala de gerente, Rodolfo olha o jornal que a secretaria lhe trouxera, porém mau olha as pa´ginas de noticias e já se perde no campo dos esportes.
- Sr Rodolfo.
- Oi César.
- Já viu os jornais?
- estou olhando um agora.
- Viu a noticia principal?
- O que foi César?
- Olhe por favor sr Rodolfo.
Rodolfo sai dos esportes e retorna á página principal mau lê o titulo e tem toda a sua atenção voltada a foto.
- O que é isso?
- quando vi pensei em vir lhe falar e..........
- Liga para o Dener.
- Já liguei sr.
- O que ele disse?
- Um caos esta por vir.
- Caos é pouco, muito pouco.
Ele fecha o jornal e César lhe mostra o vídeo, porém ele logo reconhece algumas coisas.
- Por favor César, mantenha contato com Londres.
- Sim sr.
- Obrigado.
- Sim. César sai e Rodolfo pega seu celular, faz uma ligação.
- Lídia.
- Oi querido.
- Cadê aquele sem vergonha?
- O que foi dessa vez?
- Olhe os jornais, veja o vídeo que esta circulando por todo canto.
- Sobre isso?
- O que foi Lídia, vai passar a mão na cabeça deste imbecil.
- Por favor, eu vou manda-lo para a fazenda.
- Faça isso, mais depois de eu falar com ele.
Lídia desliga e sobe para o quarto de Felipe que esta a jogar game no pc.
- Filho.
- O que foi mãe?
- Arrume tudo, vamos sair.
- O que foi, é o pai, de novo?
- Pare Felipe, seja lá o que fez, deixou seu pai enfurecido.
- Fala do caso daquele mendingo?
- Então foi você mesmo?
- Sim, por quê?
- Você acha certo estragar sua vida e de todos nós?
- Eu não fiz nada, só queria extravazar.
- Chega, eu não quero ouvir mais nada, não sou e nem serei particípe disso.
- O que foi dona Lídia, sei bem o que fazia com os filhos dos empregados do vô, com as meninas das funcionárias da fábrica.
- Sim, fui má, outros tempos e tenho trazido comigo tanta dor e culpa, eu sei bem o que sinto.
- Balela, se piscar, ainda tem vontade de destruir alguns sonhos de pobres por ai.
- Seu pai esta certo, por este peso de culpa e lamentos que carrego, facilitei e muito na sua criação ou falta dela, agora estou a pagar esta conta.
- Vai fazer o quê agora?
- Vamos para a fazenda.
- Não quero ir para aquele lugar, sentir fedor de merda de boi.
- Agradeça que alguns daqueles são teus.
- Eu, só gosto de boi no prato, assado.
- Arrume tudo, temos de ir antes que o Rodolfo chegue.
- Tudo bem.
Felipe fica a arrumar as roupas nas mochilas enquanto Lídia sai do quarto e segue para a suíte onde as 3 empregadas estão a arrumar tudo por ali.
- Por favor, me deixe só.
- Sim dona.
- Obrigada.
Assim que saem, Lídia tranca a porta e pega no armário uma chave e na parede retira o quadro e abre uma portinhola ali e dentro um cofre digital, ela digita a senha e ao abri-lo, recolhe alguns dolares, 3 envelopes e uma pistola, dois pentes de balas.
- Sabia que um dia teria de retornar a te-lo comigo.
Tudo guardado na bolsa ela sai da suíte, carro pronto, ela e Felipe saem da mansão, destino Mato Grosso do Sul, próximo a Campo Grande na fazenda alaredas de sua irmã e prima Marluce e Diva.
Mau o carro sai, Rodolfo chega ali e sobe para os quartos, nada de Lídia e Felipe.
Wisky servido e Rodolfo vira o copo sem pestanejar ali frente a Leonardo advogado da empresa e amigo pessoal.
- E agora, o que eu faço Leonardo?
- Calma, já ligou para Londres?
- Sim, deixei o César neste assunto.
- Menos mal, agora temos de ir ao hospital.
- Será que é ele mesmo?
- Só teremos total certeza assim que o vermos.
- Então vamos.
- Espere, fiz algumas ligações, temos que esperar que deem o sinal.
- O que, de novo com caso com alguma enfermeira Leonardo?
- Fazer o quê, adoro aquele uniforme branco.
- Por favor Leonardo, deixe só tua noiva descobrir.
- Virgínia, esta na Grécia, foi com a mãe e dias tias visitar parentes.
- Por isso, ficou pimpão agora. Risos.
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