Vinte minutos de caminhada e Cláudia faz uma ligação, pouco tempo e um carro pára e ela chama Monique para irem embora.
- E os garotos?
- São homens, eles se viram.
Monique olha para Rodrigo que faz que tudo bem, porém Alex ainda esta um tanto bêbado e ela decide por recusar.
- Tem certeza disso?
- Pode ir, vou ficar bem.
- Você que sabe, adeus meninos, tchau Monique.
- Tchau Cláudia.
O carro some na próxima esquina, Monique ouve piadas de Rodrigo mais sempre tendo olhos e cuidados para Alex.
Seu celular toca e ela atende, do outro lado é seu pai, ela conversa um pouco pedidndo para que Rodrigo mantenha Alex um pouco longe devido aos gracejos do álcool que ele iniciara ali.
- Tudo bem filha?
- Sim pai, é que ficamos sem carro e estamos seguindo a pé.
- Cadê suas amigas?
- Já foram, ficou eu e os garotos.
- Como assim, não, me diz onde estão?
Monique passa o local para o pai mais pede que venha de carro e leve os rapazes embora.
- Tudo bem, já eu chego.
Eles param numa praça onde Alex vomita por 3 vezes e Rodrigo faz dancinha com o celular desligado por falta de bateria.
Monique acha um tanto ridiculo e com nojo, mais agradece por eles não serem aquilo que achara quando os vira lá no clube, são super de boa.
Passam alguns carros que buzinam o que faz Rodrigo dançar mais e Alex ali jogado ao banco, até que pára um auto novo ali, desce um cara alto loiro.
- Rodrigo, Alex, o que estão fazendo ai?
- Tamos de boa, e ai?
Só então o cara vê Monique ali e vai cumprimenta-la, logo fica sabendo de todo rolê e oferece carona a eles, Monique decide por ir já que Rodrigo diz ter o cara como tipo, irmão.
- Tudo bem, vou ligar para o meu pai.
- Falou.
Monique liga para o pai e dispensa a carona dizendo que já esta no carro de Felipe, o amigo dos garotos.
- e ai, o que seu velho disse?
- Tá bem nervoso, depois eu resolvo com ele.
- Então vamos?
- Vamos.
O carro é bem confortável, Rodrigo vai na frente com Felipe e Monique atrás com Alex que acabara por pegar no sono.
Trajeto eles vão conversando sobre facul, esportes, mulheres, mesmo Monique a tossir quando o assunto ficara um tanto quente ali na frente, até que ao passar frente a uma grande loja.
- O que é aquilo?
- Sei lá mano.
Ali na calçada debaixo da marquize da loja, vários sacos com reciclados e um colchão velho com uma pessoa deitada e coberta em 3 cobertores.
- Vou ver como esta?
- Por que?
- Curiosidade.
- Para cara, sei do que é capaz.
- O que foi Rodrigo, vai fazer o padre só por causa dela.
Veiculo pára, Felipe desce e já vai chutando os sacos para o outro lado, Rodrigo tenta intervir mais é empurrado pelo tal amigo.
- Para cara, a mina ali no carro, é sujeira fazer isso agora.
- Por que, o que foi, você tá comendo ela, não, sabe o por que, você é frouxo, olha só o bobo do André, desmaiado.
- Para mano.
- Ou me deixa divertir aqui ou me divirto lá dentro do carro.
Rodrigo se afasta e vê a selvageria de Felipe ao agredir aquele morador de rua com chutes e socos, Monique sai do carro aos gritos mais é pega por Rodrigo e levada para o carro.
- Fique aqui.
- Olha Rodrigo, ele vai matar aquele homem.
- Não, ele sabe que há limites.
- Limites para quê rodrigo, isso ali é um crime.
Monique continua a gritar dentro do carro e Rodrigo pressiona os dedos em determinado ponto entre os ombros e pescoço e ela perde os sentidos.
Felipe deixa o homem ali todo ensanguentado e corre para dentro do carro, tira do porta luvas uma garrafinha de água, bebe uns goles e joga o restante no rosto e corpo.
O carro segue e o morador de rua ali sem se mover naquele colchão ensopado de seu sangue.
Amanhece, Monique sai de sua cama e olha no espelho, procura por qualquer marca no corpo, até que a porta do quarto é aberta.
- Mãe.
- O que foi aquilo, seu pai esta furioso?
- Eu só peguei carona com o amigo do Rodrigo e..........
- Quem é este tal de Rodrigo?
- Colega da Tânia.
- Olha, essa Tânia, com certeza mais uma colega de baile ou seja lá do que for.
- Pare mãe, são gente boa, olha eu estou aqui.
- Sei, quase matou a gente.
- Tenho que me arrumar, vou trabalhar.
- Ainda bem que se lembra que tem emprego.
- Sim, mãe, te amo.
Na sorveteria Planalto onde Monique trabalha há dois anos, ela abre o lugar, colocar os igridientes da primeira massa a bater e limpa o lugar, preparo pronto, vão para os baldes e freezers, tudo limpo ela organiza os talheres e outros objetos, logo chegam os outros dois atendentes e o dono do lugar.
- Bom dia.
- Bom dia Gabriel, Lucas, seu Otávio.
- Bom dia.
- Vocês viram que loucura, não falam de outra coisa.
- Eu vi.
- O quê?
- Não assistiu o jornal Monique?
- Não, o que foi?
- Veja.
Gabriel passa seu celular para Monique que ao ver os primeiros segundos do vídeo sente seu corpo gelar.
- O que foi Monique, esta passando mal?
- Não, só acho tudo uma selvageria.
- Pois é, pena que não focaram bem, mais logo vão identificar estes monstros.
- Tomara que sim.
Monique pede licença saindo dali vai ao banheiro onde lava o rosto e logo retorna, Otávio avisa que esta pronto o segundo sabor.
- Vou colocar para gelar.
- Sim e coloque nos potes aqueles 3 de ontem.
- Sim, já vou fazer seu Otávio.
Ali no reservado ela coloca o segundo sabor já deixando outro no preparo e leva ao freezer, retira os 3 baldes e leva para máquina que bate novamente para aerar e assim vai enchendo os potes que serão vendidos.
- Tudo certo ai?
- Sim seu Otávio.
- Vou ao banco, quando chegar eu te libero para o balcão.
- Sim sr.
Assim que o homem sai, Gabriel surge ali.
- E ai o que o seu malvado disse?
- Vai me colocar no balcão.
- Tá vendo, sabia que ia te perdoar.
- Ainda nem sei por que fui parar aqui.
- Já te disse, tudo fruto da língua da Bianca.
- Não pode ser, ela é tão legal.
- Você que é ingênua mesmo.
- Acha que ele vai melhorar meu salário depois disso?
- Com certeza que não, afinal, sabe que ele é super muquirana. Risos.
- Sério Gabriel, dois anos aqui e não consigo juntar nada.
- Já te disse, se esforce na facul, assim que puder, fuja deste lugar.
- Nisso tem toda razão.
- Mais mudando de assunto, é impressão minha ou você ficou mais chocada que todos pelo vídeo?
- Só não gosto de ver tanta maldade.
- Sabe, acho bem fofo isso em você.
- E a Maitê, o que ela achou deste vídeo?
- Nossa você é gelo mesmo, quebra qualquer assunto.
- O que foi dessa vez, terminaram outra vez?
- ela decidiu que vai noivar.
- Com quem?
- Um cara lá do jiu jitsu.
- Nossa Gabriel, foi mal mesmo.
- Todo mundo já dizia, ela estava me usando mesmo.
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