Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
🔴 Mãozinha pro alto
Rafael da Silva Claro


Nesse ritmo, Chris Martin (Coldpllay) logo estará tocando ‘Trem Bala’ no ‘Teleton’ ou cantando no encerramento do ‘Criança Esperança’. Com discursos enfadonhos, Chris se iguala a Leonardo DiCaprio ou Mark Ruffalo tuitando para “salvar a Amazônia”. Não se sabe se é megalomania, tédio da vida pós-sucesso ou coisa de assessoria oportunista, mas o destino é conhecido: cacique Raoni no palco, Santo Daime e perda de relevância musical.

Musicalmente indiscutíveis, Sting, Bono Vox e Roger Waters caíram nas armadilhas do sucesso e decidiram ir até ali e mudar o mundo. Se bem que o assessor surge com uma frase de efeito a ser entoada como um mantra. Afinal, esse populismo pop sempre funciona. Ou não. Às vezes, quem grita “We don’t need no education” não aceita doutrinação.

Esses músicos consideram contar com uma massa, bestificada como zumbis, sem opinião própria e agem como líderes messiânicos, conduzindo o povo a uma terra prometida (salvação), que só eles sabem o caminho, bem como onde fica. Esse proselitismo barato significa jogo ganho, mas não pode substituir os acordes de guitarra. Quando não se sabe se está num show de rock ou numa missa, alguma coisa está errada.

Achando que entram em campo com o jogo ganho, crendo que têm a plateia pagante na mão, eles acreditam que qualquer “I love Brazil” ou o baterista vestido com uma camiseta da seleção brasileira ganhará a ovação automática. Como mentiras sinceras não interessam mais, não temos mais um comportamento sectário.

Mesmo com um carisma descartável, apesar da catarse ensaiada, o artista consegue uma conexão, embora frágil, escorada num sentimento de culpa coletiva. Nessa “vibe”, o “charlatão vendedor de um mundo melhor” domina um ambiente propício à culpa coletiva. Aí brotam pérolas como: crítica ao capitalismo, dentro dos Estádios Unidos; ou culpabilização das nações industrializadas, no coração da Europa ocidental. Isso é como a Marilena Chaui (“Eu odeio a classe média”) sendo efusivamente aplaudida num auditório da USP (Universidade de São Paulo).


Biografia:
Ensino secundário completo. Trabalhei em várias empresas, fora da literatura. Tenho um blog, onde publico meus textos: “Gazeta Explosiva” Blogger
Número de vezes que este texto foi lido: 59475


Outros títulos do mesmo autor

Ensaios 🔴 Jaguar escapando a 4ª Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 Uma primeira-dama muito louca Rafael da Silva Claro
Crônicas 🔵 Dois caramujos no caminho Rafael da Silva Claro
Crônicas ⚫️ Próxima atração: 14:00 Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 O Mal de Lázaro Ramos Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 Depende de nós (deles) Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 O limite do humor Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 Nem tudo que reluz é ‘Bola de Ouro’ Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 Doria e Lula estiveram aqui Rafael da Silva Claro
Ensaios 🔴 Mundo animal Rafael da Silva Claro

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 532.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
RECORDE ESTAS PALAVRAS... - MARCO AURÉLIO BICALHO DE ABREU CHAGAS 61637 Visitas
Fragmento-me - Condorcet Aranha 61593 Visitas
RODOVIA RÉGIS BITTENCOURT - BR 116 - Arnaldo Agria Huss 61480 Visitas
🔵 SP 470 — Edifício Itália - Rafael da Silva Claro 61061 Visitas
ABSTINENCIA POÉTICA - JANIA MARIA SOUZA DA SILVA 59970 Visitas
a historia de que me lembro - cristina 59964 Visitas
Meu desamor por mim mesmo - Alexandre Engel 59951 Visitas
Colunista social português assassinado por suposto namorado - Carlos Rogério Lima da Mota 59892 Visitas
Razão no coração - Joana Barbosa de Oliveira 59798 Visitas
O tempo todo tempo - André Francisco Gil 59797 Visitas

Páginas: Próxima Última