A primeira vez |
Flora Fernweh |
O risco nervoso corre rápido no sangue
molhando a timidez juvenil de um corpo nu
que se entrega ao outro em desespero cru
distante da devassa sordidez de um mangue
a pele se encanta ao sentir tantos toques
e movimentos de prazer na naturalidade
das delícias primeiras de uma intimidade
que provocam risos e ligeiros choques
o quente gozo, o fogo da paixão consome
escorrendo vivaz entre olhares e pernas
na carnal demonstração de amor e fome
O segredo ardente a dois é o que governa
o culto pagão na cama dos que não dormem
em um ritual desperta para a chama eterna
|
Biografia: Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. |
Número de vezes que este texto foi lido: 55645 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 10 de um total de 404.
|