Sou pouco,
e ralo o bastante,
mas pra chegar perto
do meu sonho,
tenho o alarido
dos céus rasantes!
Sou pouco,
mas não sou travesso,
rodo o mundo de trastes,
a procura da gente dela,
que nasceu próximo a um
córrego,
e morreu no arremesso
do primeiro lago.
Tão fundo, que faz a alma,
construir sonhos
de arte.
Se me queres!
Queres assim:
dois prá cima,
veludo em calma,
flores esparsas,
mas toda guerreira!
Esgueira!
Deixa-me ser
seu próximo passo!
Mas na vida fica o notável:
tudo roda, tudo para.
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