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A LHAMA DE MADEIRA
Saulo Piva Romero

ERA UMA VEZ UM MENININHO QUE VIVIA NA MAIS ALTA MONTANHA DA CORDILHEIRA DOS ANDES NO CHILE.
SEU NOME ERA AGUSTÍN, MAS, SUA MAMÃE CARINHOSAMENTE LHE PASSOU A CHAMÁ-LO DE OLHINHOS, POIS, ELE TINHA OS OLHOS BEM MIUDINHOS.
AGUSTÍN AMAVA VER O SEU PAPAI TRABALHAR NA COLHEITA DO TRIGO.
ASSIM TODAS AS MANHÃS, SUA MAMÃE O AGASALHAVA PARA DEIXÁ-LO BEM QUENTINHO, POIS, O FRIO NOS ANDES ERA MUITO RIGOROSO.
DEPOIS DO CAFÉ DA MANHÃ, O MENINO DESCIA E SOBIA A MONTANHA ACOMPANHADO DO PAPAI E FICAVA VENDO O ELE COLHER O TRIGO ENQUANTO A NEVASCA NÃO CHEGASSE.
ELE OBSERVAVA COM INTERESSE O TRABALHO DO PAI NA COLHEITA DO TRIGO.
DEPOIS QUE TERMINAVA A COLHEITA, O SEU PAI AINDA TINHA QUE CORTAR A LENHA PARA LEVAR PARA A HUMILDE CABANA PARA ABASTECER A LAREIRA QUE DEIXAVA O LAR AQUECIDO DURANTE O RESTO DO DIA.
QUANDO REGRESSARAM O LAR, A NEVE COMECOU A DESCER DO CÉU E ASSIM O FRIO AUMENTOU, ENTÃO, SUA MÃE ARRUMOU A MESA E SERVIU UMA APETITOSA SOPA DE ERVILHAS COMO ALMOÇO FAZENDO COM QUE ALIVIASSE A SENSAÇÃO DE FRIO.
DEPOIS DO ALMOÇO, AGUSTÍN SISMOU QUE QUERIA BRINCAR COM AS LHAMAS QUE TINHA VISTO ENQUANTO ESPERAVA O PAI TERMINAR A COLHEITA DO TRIGO, MAS COMO A NEVASCA CASTIGAVA OS ANDES, ERA IMPOSSÍVEL SAIR DA CABANA.
ENTÃO, O PAI COMPADECIDO COM A TRISTEZA DO FILHO DECIDIU PEGAR UNS PEDAÇOS DE MADEIRA E ESCULPIR UMA LHAMA DE MADEIRA PARA QUE O MENINO PUDESSE BBRINCAR COM ELA SEM TER QUE SAIR DA CABANA.
AGUSTÍN VENDO A LHAMA DE MADEIRA ESCULPIDA PELO PAPAI ABRIU UM LARGO SORRISO E EM SEGUIDA FOI PARA O SEU QUARTO ABRAÇADO COM A LHAMA.
MAS, AO DEITAR NA SUA CAMA, LOGO PEGOU NO SONO E IMEDIATAMENTE COMEÇOU A SONHAR.
NO SONHO DO MENINO A LHAMA DE MADEIRA GANHOU VIDA E COMEÇOU A CONVERSAR COM O MENINO DA MONTANHA.
- OLA! EU SOU A LHAMA GISELDA E QUEM É VOCÊ?
- EU SOU AGUSTÍN, O MENINO QUE SOBE E DESCE DAS MONTANHAS PARA VER O MEU PAPAI COLHER O TRIGO.
- VOCÊ É UM MENINO MUITO ESPECIAL, POIS, ADOÇA A VIDA DOS SEUS PAIS.  EU QUERO SER A SUA MELHOR AMIGA PARA SEMPRE.
AGUSTÍN OUVINDO A LHAMA DE MADEIRA FALAR DELE CARINHOSAMENTE CORREU COM OS ABRINHOS ABERTOS EM DIREÇÃO A ELA QUE ESTAVA OLHANDO A PAISAGEM MONTANHOSA ATRAVÉS DA JANELA E DEU-LHE UM CALOROSO ABRAÇO E EM SEGUIDA OLHANDO CURIOSO PARA A LHAMA, PERGUNTOU-LHE.
- PARA QUE SERVE UMA LHAMA?
ENTÃO, A LHAMA AGACHOU-SE PARA FICAR DA ALTURA DO MENINO E ERGUENDO A CABEÇA, RESPONDEU-LHE:
- EU SOU UM ANIMAL QUE CARREGO QUALQUER TIPO DE CARGA E TAMBÉM FORNEÇO A LÃ PARA AQUECER QUEM SENTE FRIO.
AGUSTÍN OLHANDO PARA A DESENGONÇADA FOI LOGO PEDINDO PARA MONTAR NELA E ELA PRONTAMENTE ATENDEU AO PEDIDO DO MENINO E EM SEGUIDA SAIU TROTANDO MONTANHA AFORA.
ASSIM QUANDO CHEGARAM À PLANÍCIE DERAM DE CARA COM UM LOBO GIGANTE FAZENDO COM QUE A LHAMA FICASSE COM MUITO MEDO E COMEÇASSE A CUSPIR SEM PARAR CONTRA A FACE DO LOBÃO.
AGUSTÍN NÃO ENTENDENDO O GESTO DA LHAMA, PERGUNTOU-LHE:
- POR QUE VOCE ESTÁ CUSPINDO SEM PARAR CONTRA O LOBO?
ENTÃO, A LHAMA ASSUSTADA, DISSE:
- UMA LHAMA EM PERIGO, COMEÇA IMEDIATAMENTE A CUSPIR, POIS É, A ARMA DAS LHAMAS PARA ESPANTAR OS QUE QUEREM DEVORÁ-LAS.
- O MENINO FICOU AINDA MAIS ENCANTADO COM A LHAMA E DEU-LHE MAIS UM ABRAÇO APERTADO ENQUANTO O LOBO SE AFASTAVA CADA VEZ MAIS PARA NÃO SER MAIS ATINGIDO PELO BOMBARDEIO DE CUSPES ATIRADOS PELA LHAMA SOBRE ELE
A NOITE JÁ COMEÇAVA A CAIR E A NEVASCA HAVIA AUMENTADO ENTÃO A MEIGA LHAMA DECIDIU QUE ERA CHEGADA À HORA DE REGRESSAR PARA A CABANA, ANTES QUE OS PAIS DO MENINO SENTISSEM A AUSÊNCIA DELE.
ENTÃO, A LHAMA TROTOU NA DIREÇÃO DA MONTANHA E SUBIU ATÉ O PICO MAIS ALTO ONDE FICAVA A CABANA.
NISSO, AGUSTÍN ACORDOU DO LONGO SONO E VIU A LHAMA DE MADEIRA PARADA AO SEU LADO.
ELE SE LEVANTOU E FOI CORRENDO PARA A COZINHA, ONDE OS PAIS CONVERSAVAM ANIMADAMENTE A ESPERA DO CAFÉ QUE ESTAVA FERVENDO NA CHALEIRA.
ELE CORREU COM OS SEUS BRACINHOS ABERTOS NA DIREÇÃO DO PAPAI E DA MAMÃE E DEUP-LHES UM FORTE E AMOROSO ABRAÇO.
AGUSTÍN ESTAVA COM AS BOCHECHAS ROSADA E MUITO OFEGANTE, POIS, PARECIA QUE ELE HAVIA DESCIDO E SUBIDO A MONTANHA SEM PARAR.
DEPOIS DE UMA PAUSA SILENCIOSA, O MENINO DISSE:
-A LHAMA GANHOU VIDA E ME LEVOU PARA PASSEAR POR TODOS OS CANTOS DA CORDILHEIRA DOS ANDES E NO MEIO DO CAMINHO HAVIA UM LOBÃO QUERENDO NOS DEVORAR, ENTÃO A LHAMA CUSPIU NELE ATÉ QUE ELE SE AFASTASSE DE NÓS POR ISSO ESTOU COM A MINHA FACE ROSADA E MUITO CANSADO.
OS PAIS VENDO A INOCÊNCIA DO MENINO SEGURANDO A LHAMA DE MADEIRA NA PALMA DA MÃO, CARINHOSAMENTE PASSARAM-LHE A MÃO NA CABEÇA E LOGO EM SEGUIDA, OS TRÊS SENTARAM-SE EM VOLTA DA MESA PARA SOBEREAR UM DELICIOSO CAFÉ DA TARDE SERVIDO COM LEITE FRESCO DE LHAMA E COM UM FOFINHO PÃO DE MILHO FAZENDO COM QUE O FILHO RECUPERASSE A ENERGIA QUE ELE HAVIA PERDIDO NO PASSEIO IMAGINÁRIO PELA CORDILHEIRA DOS ANDESCOM A LHAMA DE MADEIRA ESCULPIDA PELO PAPAI.
 
 
 
 


Biografia:
Saulo Piva Romero, professor de Língua Portuguesa e Poeta, 51 anos. Nasceu em São Paulo no dia 9 de março de 1972. Começou a escrever poesias aos 18 anos. É formado em Letras pelas Faculdades Associadas do Ipiranga com Licenciatura Plena em Língua Portuguesa, Inglesa e Literatura.Em 2000 publicou seu primeiro livro Vida, amor e esperança.
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