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Socorro, meus netos estudam numa Escola moderna!
Ivone Boechat

Resumo:
Constantemente, incessantemente, ouvem-se agressões à Escola Pública tradicional como se ela fosse um aparelho manual de fabricação de monstros. Sobrevivente feliz desse “tipo” de escola, sou testemunha ocular, porque estudei nela e quero relatar o que se passou ali.

Constantemente, incessantemente, ouvem-se agressões à Escola Pública tradicional como se ela fosse um aparelho manual de fabricação de monstros. Sobrevivente feliz desse “tipo” de escola, sou testemunha ocular, porque estudei nela e quero relatar o que se passou ali.
O hino da Escola, lindo, foi composto por um pai de aluno. As datas cívicas não passavam em branco. A Escola era uma festa!
Estudávamos, sim, numa cartilha de modelo único, considerada, hoje, como sucata antipedagógica, quadrada, boba, sem cores, barata, mesmo assim, nem todos tinham acesso a ela, houve casos em que o aluno conseguia uma toda despencada, mas a encapava e conseguia recuperá-la, porque aquela cartilha era preciosa para nós...Aprendíamos a amá-la e respeitá-la.
Na sala de aula, havia um quadro-“negro”, desbotado, dividido ao meio, porque eram duas turmas de séries diferentes na mesma sala. Nós aprendíamos a respeitar o espaço do outro! Ah! Não posso me esquecer... havia disciplina...Quase ninguém tinha transferidor e compasso, mas éramos capazes de reconhecer o compasso das músicas. Tínhamos aula de música.
O material escolar se resumia em dois ou três cadernos finos, lápis nem sempre coloridos. Poucos possuíam uma caneta a tinta...dava status...era o máximo! Na minha Escola havia um coral e cantávamos em latim, francês e inglês. Havia aulas de trabalhos manuais e aprendíamos a fazer bainhas, a pregar botões e a costurar as roupas das bonecas. Aprendemos a gostar de artes! Brincávamos no recreio com petecas, bolas, piões. O recreio era maior, brincávamos de roda. Fazíamos peças de teatro na Escola.
Boas maneiras, ética, elegância ao falar, e treino ortográfico eram comuns. Nossa letra não era um garrancho, tínhamos caderno de caligrafia. Nosso livro para estudo da língua portuguesa tinha uma antologia dos poetas brasileiros. Até hoje sei de cor Augusto dos Anjos(quase ninguém hoje sabe que ele existiu) Olavo Bilac, Machado de Assis, Casimiro de Abreu, Castro Alves e muitos outros.
Evidentemente, reconheço os equívocos daquela Escola.
Mas...e hoje ? Como vai a Escola Pública ?

Ivone Boechat


Biografia:
Natural do Estado do Rio; Membro da Academis Munsial de Cultura e Literatura: Membro da Academia Duquecaxiense de Letras e Artes de Duque de Caxias-RJ; Autora de 16 livros, Consultora em Educação.
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