A origem histórica do termo: "A cada um segundo as suas obras".
O campeonato era o Intergalático.
De um lado o time da Via Láctea, de outro o da constelação de Frangópolis.
A final deste campeonato, que envolveu times de todo o universo, tanto dos seres corpóreos quanto dos seres extracorpóreos, em turno e returno, estava sendo decidida em território neutro, no Céu, bem ao lado de Deus.
O goleiro do time da Via Láctea pediu ao Pai para pegar a cobrança:
"Senhor, ajuda-me a defender esta cobrança de pênalti, este título é muito importante para nós, da Via Láctea. Somos uma galáxia pobre, pequena, oprimida pelos grandes do universo. Dá essa força pra gente, Senhor?!?!".
E do outro lado, o cobrador da penalidade, jogador da galáxia de Frangópolis, pediu a Deus:
"Senhor, ajuda-me a deslocar o goleiro nesta cobrança. Que ele vá para um lado e a bola entre, mansamente, no outro. Conto contigo, Pai. Franguem!
Franguem para a turma de Frangópolis é o mesmo que amém para o terráqueo, ou martêm para o marciano.
E Deus, que a tudo ouve, vê e assiste, sensibilizou-se com ambos os pedidos.
A quem atender?
O Pai estava em dúvida cruel.
Como ajudar o goleiro sem prejudicar o batedor?
Como conceder o pedido de sucesso ao batedor sem prejudicar o goleiro?
Deus, em dúvida, resolveu consultar os universitários.
Estes, em dúvida, disseram ao Pai para consultar a ciência.
Esta, por sua vez, deu o aval:
Deus, não se meta nessas coisas!
Então, o Pai, para não cometer injustiça e perder o título de "Deus", deu de ombros e disse:
"A cada um segundo as suas obras".
Foi então que o batedor correu para a bola, chutou firme e o goleiro...
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