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Divaldo Franco e o professor Yunus
Wellington Balbo

Resumo:
O professor de economia Muhammad Yunus, nascido em Bangladesh, no ano de 1940, foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2006. O professor Yunus, conhecido como o Banqueiro dos pobres - através de seu banco

O professor de economia Muhammad Yunus, nascido em Bangladesh, no ano de 1940, foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2006. O professor Yunus, conhecido como o Banqueiro dos pobres - através de seu banco - Grameen Bank - financia sonhos de pessoas muito pobres, emprestando o dinheiro, sem juros, a fim de que saiam do ciclo de pobreza. A experiência iniciada em 1974, expandiu-se, e hoje é total sucesso, o Grameen Bank, já emprestou mais de 16 bilhões de reais para mais de 12 milhões de clientes. Graças a essa iniciativa as pessoas conseguiram quebrar o ciclo – miséria – falta de perspectiva – violência. Yunus proporcionou a essas criaturas uma oportunidade de vida digna, afugentando a miséria, e, sobretudo, promovendo a dignidade e, conseqüentemente, a paz.

A paz promovida pelo professor Yunus é a mesma paz que o conferencista baiano Divaldo Pereira Franco vem exemplificando ao longo de sua jornada de quase 85 anos pelo planeta Terra.

Divado e o professor Yunus, duas histórias de vida que se encontram na busca pela paz ao nosso mundo.

Como falamos de Yunus discorremos um pouco sobre Divaldo.

Entretanto, talvez seja ocioso falar do trabalho de Divaldo para a comunidade espírita, mas a idéia é de que o presente texto possa chegar até aqueles que não são espíritas, porém apreciam bons e nobres exemplos.

Eis, portanto, uma pálida síntese da vida dessa grande figura humana para quem ainda não o conhece:

Divaldo Pereira Franco, baiano de Feira de Santana, completará 85 anos no dia 5 de maio de 2012. Médium e tribuno espírita, vem percorrendo o mundo com seu verbo universal, trazendo conforto e esclarecimento a um sem número de pessoas.

Doutor Honoris Causa em Humanidades, título conferido pela universidade de Concórdia, em Montreal no Canadá. Esteve por várias vezes proferindo palestras na ONU.

De verbo inspirado, empolgado, vem ao longo de décadas visitando todo o planeta, cantando as glórias do Evangelho. Seu exemplo de amor ao próximo se materializa na gigantesca obra de assistência social – “A mansão do caminho” na cidade de Salvador, onde já foram e ainda são beneficiadas milhares crianças e sofredores de todos os matizes.

Seus livros, psicografados sobre a orientação de sua protetora espiritual Joanna de Ângelis, representam fenômeno editorial, sendo traduzidos para dezenas de idiomas, auxiliando espiritual e materialmente infindável número de pessoas.

Interessante o paralelo entre Yunus e Divaldo.

Enquanto o primeiro promove o crescimento material que se reverte em dignidade às criaturas que antes não tinham o necessário, o segundo trabalha o lado espiritual. A violência se esvai quando há dignidade. A paz adentra quando há esclarecimento sobre as verdades espirituais.

Assim como Yunus mesmo sem prêmio Nobel podemos enquadrar Divaldo Pereira Franco como alguém que semeia a paz.

Sua mensagem cristã vem rasgando os continentes, esclarecendo criaturas, fazendo brotar luz onde havia trevas por ter o caráter da universalidade e falar direto à razão e ao coração da humanidade.
Palavras puras, cristalinas, que esclarecem com bom humor e alegria.

Aliás, o bom humor merece um capítulo a parte na vida de Divaldo.
Mesmo diante das dificuldades inerentes a todos nós, e das ironias e sarcasmos que alguns atiram-lhe, Divaldo conserva seu habitual bom humor, traçando a relação entre bom humor e paz.

Certa vez prepararam-lhe uma cilada, a fim de testarem seus dotes mediúnicos.

Estava Divaldo em um programa de televisão, quando o apresentador lhe disse:

- Divaldo, tem aqui uma carta escrita por um desembargador, homem descrente, duvida de tudo e todos, quer ele que você descubra o que está escrito nela.

Divaldo preocupou-se, afinal, ele é médium, não adivinho, como saber o que estava escrito na misteriosa carta. Se ao menos o homem lhe mostrasse o envelope, poderia tentar captar o conteúdo, no entanto, nada da carta aparecer. Enquanto isso, o programa corria célere. Perguntas chegavam demonstrando a grande audiência. Porém, em dado momento, sua protetora espiritual Joanna de Ângelis, aparece e diz:

-     Não te preocupes, nós sabemos o que está escrito na carta, lá contém o nome do filho desse senhor e a data de seu óbito. Não te magoes com quem tenta humilhar a causa através de ti, este senhor, é um pobre pai infeliz que chora o assassinato de seu filho. Contudo, nós faremos melhor ainda, vamos trazer seu próprio filho para dar testemunho da imortalidade da alma.

Ao final do programa, com Divaldo bem mais tranqüilo, o entrevistador lhe disse:

-     Divaldo, não vou lhe expor a situação de dizer o conteúdo da carta, a mim, você já convenceu.

Divaldo redargüiu:

- Por favor, mostre a carta, tentarei dizer o que está nela, não estou contratado mesmo, portanto, não perderei o emprego, se conseguir muito bem, se não conseguir, não há problema.

O entrevistador mostrou a carta, e em seguida, foi surpreendido por uma voz que disse:

- Está escrito o nome de fulano de tal, morto em tal dia, por um bandido!

Ouviu-se um grito no estúdio:

- É meu filho!

Divaldo não sabia, mas o desembargador e sua mulher estavam ali, assistindo ao programa. Após alguns instantes, Divaldo sentiu o abraço de satisfação dos pais daquele jovem que morrera vitima da violência. Desafiado, Divaldo não perdeu o bom humor. Vitorioso, pois logrou êxito em seu intento, não humilhou quem queria lhe humilhar. Nada de revide, nada de revanche, apenas a satisfação em poder colaborar com aqueles corações dilacerados pela partida de um ente querido.

Graças a atitude serena e pacífica de Divaldo, surgiu uma grande amizade entre o casal e ele.

Onde há esclarecimento com o suporte do amor e do bom humor, a paz reina soberana, e nesse mister, Divaldo cumpriu e vem cumprindo gloriosa tarefa.

Por isso nossa singela homenagem às duas figuras do mundo:

O professor Yunus e Divaldo Franco, dois trabalhadores da paz, cada um a seu modo!


Biografia:
Wellington Balbo, 36 anos, escritor, 7 livros publicados.
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