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No raso da Catarina
Chico Caninde

Resumo:
na po-Ética d´s´águas vale luta pra pelos preservar o que resta de vida no raso d acatarina

No raso da Catarina
Com passos suaves longos e fundos
o animal sente o cheiro da essência,
e vai na intenção do bote letal
os desejos brotam densos tudo é calma
como se o tempo desse um tempo
O silencio é quase total a respiração forte, devagar e profunda.
Nessa hora a vontade reina alto a fera anda com extrema cautela
no limite da tensão e da resistência o desejo alcança temperas
a noite vira fornalha.
A distancia é um sertão de altas temperaturas fios de aços músculos retesados
em passadas cuidadosas de um jeito bem mais lento do que se possa imaginar
os movimentos da fera não balançam as plantas.
As vezes tudo é deserto em as noites frias a tempera do caçador é incerta no meio
dessas matas
dessas sesmarias
dessas terras nos desejos devolutos os adversos do corpo é uma imensa região
bacias de entre pernas vertentes virilhas leito de rios caminhos explosivos estradas armadilhas de caçadores em passos de onças.
No silencio para não aguçar a guarda da Siriema senão o amor voa ai tudo vira uma terra abandonada.
Com graça e precisão os moradores da região do desejo enfrentam as lutas com natureza sertaneja.
Ali.
Sempre no orgulho de sobreviver se atracar em riso e danças entre as saias existe uma forte vontade biológica cheiro de flor do mal que me quer e eu quero também
Desejos adversos o corpo em brasa é uma imensa região bacia de entre pernas vertentes virilhas leito de rio caminhos explosivos estradas, armadilhas de caçadores em passos de onças.
No silencio para não aguçar a guarda do grande amorna reserva da tensão e a paciência dos passos lentos rasos o desejo insisti.
A vontade não resiste a essa de flor do mal sem gosto e gostosa que exala um cheiro doce a vida fica florida entre pernas virilhas e rios no raso da Catarina.

Chico Canindé 12.08.05


Biografia:
Francisco Canindé da Silva. Em Artes Chico Canindé. Tenho minha vida ligada as artes, teatro desde o começo dos anos 70.Nos oitenta comei a desenvolver a po-Ética d´s´águas e o teatro d´s´águas.Por fim acabei criando o concieto de hidrocidadania po-Ética d´s´águas teatro d´s águas hidrocidadania. Este é meu isntrumento de trabalho. vejam o blog http://hidrocidadanianpteatrodsguas.blogspot.com/
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