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Toca o Tambor
Chico Caninde

Resumo:
A paixão de Zé Cambito

Tocar o tambor e despertar do silêncio
ao amanhecer começo de caminhada
até o roçado chutando pedras

Entoando aboios como rezos
pelas árvores e a ligança com a natureza
ainda não somos órfãos da terra
Não somos somente então plantamos sementes.

Em noites de lua
não morremos somente somos sementes
nos cantos e danças sagradas
o suor é óleo de purificação
cantamos para mulheres que estão no tempo da – Lua.

Na cerimônia do amor maior
o dia perdido dentro do tempo da última lua
canções danças e ervas de dentro da mata
histórias dos tempos em os que meninos eram meninos
e as folias eram coisas de jogar bola de meia
jogar pinhão e ter vergonha de namorar com aquela menina
falar perto dela então ixe Maria.

Vovô fumava um cachimbo esquisito coisa dos índios
na revoada os passarins preparam a Primavera
quando batia a teimosia tínhamos os gritos
e choros na cerimônia do pau-falante
um pedacin dum galho de uma velha goiabeira.

Era um sopro de moral e cívica
no aprender a ser Homem de vergonha na cara
pra quando tiver grande num tê a aparência dos homens de Brasília.
Já grande tínhamos a liberdade no ir e vir.

Ai então era só colocara roupa de domingo
Ir no forro de Zé de Bezinha brincar de liberdade
Apresentar novos amigos
ser apresentado a outros
e encontrar velhos amigos
Esquecendo do trabalho
com uma cachaça conversas risos
cantar canções como prece pra vida ser mais bunita.

Lembra aquela menina?
Hoje ta moça mas moça direita
não é torta para um lado nem para o outro.
-     Olha ela lá Zé Cambito
-     Onde ? Onde?
-     Ali ao lado da Magdalena vai lá vai
-     Eu não sozinho não vamos comigo tu fica com a Magdalena
-     Tu é doido? Ela é pior do que um siri nenhuma lata vai lá e oferece alguma coisa pra ela vai logo vai home de deus.
Zé cambito se aproxima assim como quem não quer e querendo e lasca.
–     Ei Gracinha quer um cuscuz com leite e um refresco de Cajá?
Mas Gracinha da de ombros como toda ave linda nos seus caprichos da- lhe uma rabisaca e Zé Cambito cabra tinhoso e paciente coisa que aprendeu com as fulores e as abeias deveras sabe que o momento de ir no arcos dos braços de Gracinha vira no devido momento.
-     Mas veja só Magdalena o enxerimento de Zé Cambito se meu irmão sabe de uma coisa dessa mata esse magrelo. Tem cabimento?
-     Deixa o coitadin ele te oferecendo um cuscuz e tu recusa ta difícil home assim coitadin do Zé Cambito.
-     Hum coitadin mesmo isso é um miserov e que morar no marasov
     ô senhor tem piedade
     -    Num fala assim Gracinha vai que tu se apaxona
-     Eu hein rosa se fosse o Chico Canindé ate que eu pensava no caso.

Chico Canindé 12.06.07


Biografia:
Francisco Canindé da Silva. Em Artes Chico Canindé. Tenho minha vida ligada as artes, teatro desde o começo dos anos 70.Nos oitenta comei a desenvolver a po-Ética d´s´águas e o teatro d´s´águas.Por fim acabei criando o concieto de hidrocidadania po-Ética d´s´águas teatro d´s águas hidrocidadania. Este é meu isntrumento de trabalho. vejam o blog http://hidrocidadanianpteatrodsguas.blogspot.com/
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