Paz, que procuro paz,
vida que faz vida,
espírito que se abre
e me abriga
no faz vida
de seu corpo.
Sou sozinho,
mas não sou caminhante,
dobro as esquinas,
me perco no parque,
colho jasmins -
de feitura igual -
só seu espírito.
Sou rico em fugas
e pertinaz caçador
de dores alheias,
que se juntam a minha
e faz um dó na garganta
e um choro de lágrimas,
que, belas, se arreiam
de seu corpo,
para minha trilha
sem sol de queimar.
Já sou homem feito
ligado à feitura de sonhos;
mas todo dia sua imagem
me povoa.
Eu sozinho,
rezo, sem saber,
pedindo que um dia
você faça de minha vida
um pedaço, sem medidas,
de seu espírito
e de sua carne.
Se perdi,
foi tudo em vão;
ou se ganhei,
já não sei mais
te achar !
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