E se eu fosse água,
Seria água doce.
A correr para beijar o mar.
Talvez em busca de vida,
Sem saber que corro para a morte.
Para em algo maior viver.
Então, no oceano eu ser.
E se fosse para asas ter,
seria borboleta a voar.
Carregar na fragilidade,
a estrutura,a beleza,
a sensibilidade, a leveza.
Na brevidade da vida,
Equilíbrio ser.
E se fosse para algo ecoar,
Ecoaria os gritos das alegrias
que fez de mim quem sou.
Porque poesia fiz, porque poesia sou.
De um poeta que muito me amou.
Sendo você minha escolha,
escolhas fizemos.
Escolhida sou.
(Maítha Michelle Prates, Bocaiuva.
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