Ao chegar em casa, Regiane a funcionária dali ajuda Marcelo a deixar Mafalda no sofá da sala.
- Prepare o banho dela.
- Sim Sr.
- Doutor.
- Me desculpe dr.
A mulher sai logo as costas deste lhe mostra a língua, Marcelo tira o sapato de Mafalda que pede água a ele, logo ele traz água gelada para ela.
- Esta melhor?
- Foda-se.
- Acho que já melhorou.
- Gosta tanto assim dela?
- Do que esta falando?
- Nada, te odeio.
- Isso não é novidade Mafalda.
A porta é aberta e entram ali os 3 filhos do casal.
Hellen a caçula corre até a mãe.
- Mãe, o que houve?
- Mafalda recebe a filha abraçando-a, a garota de 14 anos com olhos lacrimejando, Renato de 18 anos passa por eles sem se contagiar com o momento segue para o seu quarto, o pai intervém.
- Onde estava?
- Na escola.
- Mentira, liguei para lá, você não assiste as aulas há duas semanas.
- Por quê?
- O que foi, o que esta acontecendo, vamos, me conte filho?
- Pare de me chamar de filho, só esta assim por que esta bêbada dos infernos aprontou de novo.
- Que linguajar é esse Renato?
- Nossa, que saco essa casa esta hoje, viu. O rapaz segue se trancando em seu quarto, Ellis a mais velha de 25 anos, passa por eles indiferente a situação também, entra em seu quarto, logo retorna trazendo o seu jaleco.
- Me dá uma carona?
- Eu?
- Lógico pai, quem mais.
- E o seu carro?
- Tá com o Yuri.
- De novo, Ellis esse teu namorado é um bom folgado.
- Vai.
- Tá certo, filho de procurador, sobrinho de deputado, até tolero.
- Obrigado.
Hellen acomapnha Regiane junto da mãe até a banheira onde Mafalda se despe e ali toma um banho, logo inicia um choro em misto de culpa e vergonha por aquilo.
- Você esta bem mãe?
- Sim filha.
Marcelo toma uns comprimidos e prepara outros para Mafalda, porém logo se enche em raiva e segue para os quartos onde arromba a porta do quarto de Renato com chute, o rapaz ali de cuecas deitado com fone no ouvido.
- Seu insolente, vou te ensinar a como tratar um pai. Marcelo tira o filho da cama e lhe empurra contra o armário de roupas, Renato cai no chão já tendo o pai preso ao ombro.
- Você vai crescer e tomar atitude de homem, tá ouvindo bem, seu fedelho de uma figa.
Mafalda entra ali enrolada em toalha, as filhas junto, Regiane chega logo depois.
- Deixa meu filho, larga ele Marcelo, agora. Vocìfera Mafalda para o marido que retorna ao normal soltando o filho, Renato levanta ali sendo olhado pelas irmãs.
- Eu odeio vocês todos, odeio.
- Cale a boca Renato. Grita Mafalda indo ao encontro do filho porém tropeça no tênis dele caindo de cara no chão, logo levanta com dificuldade e auxílio das filhas, tem sangue saindo de seu nariz, Marcelo desespera.
- Mafalda vem comigo, vem. O homem leva a mulher para o quarto onde ele a examina e lhe dá os comprimidos, logo Mafalda pega no sono.
- Nunca mais faça isso, ouviu bem? Marcelo diz ao filho que já vestido ignora a todos saindo dali.
Ellis segue com o pai para o hospital, vai pegar o turno da noite, ela é clinica geral em residencia no hospital.
Renato entra no táxi depois de quadras andando a pé, logo decide por ir ao Bosque, um bar de gente nova o point dos playboyzinhos.
Já no Bosque ele anda de um lado a outro a procura de alguém até encontrar.
- Leticia.
- Oi amigo, e ai trouxe o combinado?
- Sim, quase tudo.
- O que foi?
- Tive problemas com o velho, entende.........
- Vamos lá eu vou tentar resolver com o cara lá.
- Sim.
Eles andam por um corredor e saem dali, sobem por uma rua estreita e entram numa vilinha de casas, na terceira ela bate na porta, logo esta é aberta, ali alguns jovens todos meio que zumbis.
- E ai mina.
- Este é o meu amigo.
- Prazer.
- Falou.
Renato passa a grana e logo recebe 3 dadinhos de entorpecentes, ele e Leticia entram numa sala e ali no sofá usam a droga que os faz delirar, minutos depois ele entra num profundo medo e sente o frio lhe percorrer o corpo, logo após vai retornando ao normal, já ela fica mais ligada e sai para outra sala onde inicia uma dança frenética sob os olhares dos homens ali.
Quase uma hora depois eles saem da casa, Renato sente uma fome monstro e muita secura na boca.
- Gostou amigo?
- Muito bom.
- Só esta começando.
Ela traz o rapaz para si num beijo e um carro para rente a eles, eles entram e seguem para outro lugar.
- Aonde vamos?
- Fica sussa, vou te levar pro meu reino amigo.
Simone fecha a boutique quando recebe uma mensagem de Marcelo, ela vê rapidamente antes que Danielle venha até ela.
- Vamos?
- Sim.
As duas seguem para o estacionamento quando Simone vai abrir seu carro, Dani vem a ela.
Marcelo ali na banheira do motel com Simone.
- Nossa você esta muito nervoso.
- Tive muito problemas.
- Só espero não estar neles.
- Por enquanto ainda não.
- Já que não estou envoolvida, tenho novidades.
- Quais?
- Ganhei um carro.
- De novo.
- Pare de graça, sabe quantos anos tinha o antigo, seis.
- Nossa, que sofrimento, praticamente novo.
- Devolva a chave que pegou, agora.
- Pode pegar, esta na minha pasta.
Simone sai nua da banheira enquanto ele observa aquele corpo que ele tanto gosta, ali no sofá ela pega a pasta e abre, logo vem a foto de Marcelo com a família, ela procura a chave e pega, nisso toca o celular dele.
- Seu celular.
- Não quero atender.
- Atende, vai.
- Só por que insistiu, tá.
Ele pega o aparelho.
- Oi.
- Pai.
- Oi filha.
- A mãe já esta bem melhor, vem para casa, a gente pediu a comida que o sr mais gosta tá, você vem?
- Depois filha, depois.
- Por favor pai.
- Tá bom, estou chegando.
- Te amo pai.
- Também te amo filha.
Marcelo desliga e sai da banheira.
- O que houve?
- Tenho que ir.
- Tá, tudo bem.
- Não fique assim, sabe que tenho que cuidar dos meus..........
- Não preciso de explicações só vá.
- Te amo.
- Tchau.
10102020...........
Renato ali na cama daquele grandioso quarto todo decorado com motivos árabes tipo mil e uma noite, Leticia entra já pronta para ir para a sua facul de veterinária, o seu mordomo a seu lado.
- E este senhorita?
- Foi bom, mais acabou né.
- Faço o mesmo?
- Sim, por favor Jarbas.
Na calçada do colégio Dom Pedro, Renato é deixado de cuecas, suas roupas são jogadas ao lado dele que ainda dorme ali encostado a grade perto do principal portão de entrada dos alunos, tempos depois ele acorda sendo alvo de flashs e cliques de celulares.
- Onde estou, o quê?
Na sala da diretoria, ali em rente a sua mãe, ele tenta se explicar logo optando pelo silêncio.
- É isso que quer para o seu futuro, filho?
- Vai, faça logo o seu papel aqui, afinal é a diretora, vai.
- Por hora, fique e pense e muito, em tudo que esta fazendo consigo mesmo, tudo bem?
- Para quê tudo isso, você realmente acredita em suas palavras e nessa sua pose de durona diretora de um colégio conceituado, piada isso sim, piada.
- Me respeite por favor.
- Para quê quer respeito, no final ainda continua a ser a mesma, a bêbada, a mulher que joga sua vida em goles e garrafas, é isso.
- Cale a boca.
- Isso use de toda a sua pompa aqui, pelo neste lugar alguns te respeitem ou fingem não é mesmo, sua alcoolatra sem conserto.
Mafalda lhe dá um tapa, Renato senta ali na cadeira enquanto ela vai para a janela.
- Saia daqui e reflita em tudo isso, por favor.
Renato sai dali seguindo para sua sala de aula, Mafalda agora sozinha abre a gaveta de sua mesa e tira desta um micro vidro com licor.
- Não, não posso, tenho que ser forte. Ela abre o vidro e ao sentir o cheiro do álcool ela leva a boca, nisso batem a porta.
- Pode entrar.
- Oi Mafalda, atrapalho?
- Não Dulce, em que posso ajuda-la?
- Por favor esses papéis e outros documentos de alguns alunos estão faltando assinar e esses pedidos aqui também.........
As duas ficam a resolver seus assuntos quando Mafalda segue com Dulce com a chegada de uma funcionária da limpeza que vem para o zelo da sala, assim que a mulher entra ali e as duas saem ela inicia a limpeza e ao fechar a gaveta da mesa vê o vidro de licor ali.
- Meu pai, ainda esta nisso.
Terminada a limpeza, a mulher sai dali indo para a copa da escola, lá encontra outras duas colegas de trabalho.
- Imagina o que eu vi na sala da diretora?
- De novo, não.
- Sim, licor e dos bons viu.
- Será que ela acredita nas estórias que ela inventa pra não vir ao trabalho, ô mulher que falta hein, nunca vi uma diretora dessa ai não.
- Fazer o quê né amiga, tem família de nome e renome, como dizem, as costas é quentissima, ainda por cima, marido rico, médico, quer o quê.
- Quem mandou a gente arrumar marido pobre. Risos de todas ali.
- Pior ainda é ter que ainda ouvir essas essas tribufú nos dar ordens como se fossem as rainhas do pedaço, ai da gente se não correr na hora que as gazelas gritam, mais fazer o quê, como diz os ricos, ossos do oficio e que oficio hein. Mais risos delas.
- Falou tudo amiga. Nisso uma professora entra ali requisitando uma das mulheres para limpar o vômito que um aluno fez na sala de aula.
- Estou indo.
Simone chega no shopping e abre a porta da boutique, logo Dani chega com o marido.
- Eduardo, oi Dani.
- Oi Simone, vim te buscar para escolher seu carro.
- Sério, mesmo me belisca, não precisa tanto tá.
- Vamos logo.
- Tá, tudo bem Dani?
- Vai logo menina e escolha bem viu.
- Pode deixar.
Simone sai junto do irmão, logo na concessionária ela escolhe por um modelo econômico porém arrojado.
- Feliz?
- Sim, muito.
- É seu.
- Obrigado mano.
- Agora é só me passar os documentos do outro, já tenho alguém interessado nele.
- Mais agora......
- O que foi dessa vez?
- O problema é que o documento esta aqui mais tem um negócio ai, mano será.........
- Já sei, seu problema tem nome e sobrenome e eu sei muito bem, dr Marcelo.
- Me desculpe mais sabe, eu sou fraca, gosto dele e você sabe disso.
- Resolva logo o que for com ele, já te disse não quero você com rolo, você é minha irmã, somos de uma família boa, sei que ele também, mais ele é casado tá me ouvindo, casado, por favor pare com isso de uma vez por todas.
- Sim, mano obrigado mesmo, vou resolver, pode confiar.
- Sabe, eu queria muito te ajudar e mais, só que enquanto você continuar querendo ser a garotinha mimada e teimar nessa aventuras suas sem futuro, não vou te ajudar mana, tá me ouvindo bem.
- Sim, me desculpe, vou resolver tudo, estou te falando.
- Sei.
- Te amo maninho.
- Vai, sai logo com este carro, ja esta tudo certo com o gerente.
- Obrigado mesmo mano. Simone sai de carro novo sendo que no caminho liga para Marcelo.
Marcelo terminara com o ultimo paciente da manhã quando confere as mensagens, ao ver de Simone ignora saindo do consultório indo para o almoço num restaurante onde Mafalda marcara.
Chegando neste logo é direcionado a mesa reservada pela esposa, ali ele se arruma á espera da mulher que logo entra no estabelecimento na companhia de Simone.
- Oi amor, acredita que eu encontrei nossa amiga no estacionamento do restaurante ela me disse que tinha marcado um almoço com um colega e ele falhou.
- Sério mesmo?
- Sim.
- Oi Marcelo tudo bom.
- Tudo e você, querida que bom que veio logo.
- Claro amor, acredita Simone acho que vou ter de ir de agora pra frente ao hospital buscar meu marido, ele nunca chega no horário em casa.
- Deve ser muito trabalho, não é dr?
- Com certeza.
- Ah é mesmo querido, acredita, a Simone trocou de carro, acabou de ganhar um novo.
- Sério, mais pelo que sei aquele que tem esta novo.
- Seis anos, ja estava na hora de troca-lo.
- Se pensa assim.
- Parabéns Simone, você merece tudo que a vida lhe der de bom.
- Obrigado Mafalda como sempre amável.
- Obrigada.
- Ainda acho desnecessário que trocasse por um novo, poderia continuar usando por mais alguns anos.
- Nossa dr, troquei agora por que a minha cunhada me ajudou, por que o meu irmão pensa igualzinho ao dr, pena que não encontrei o marido certo para mim, sabe quando encontra-lo vou trocar de carro a cada 3 ou 4 anos.
Mafalda entra novamente.
- Tomara que encontre querida, por que o Marcelomesmo mau consegue tirar o dele do conserto, vive nas oficinas, acho até que ele deveria comprar o seu antigo, já que sempre ele pega carona contigo não é Simone?
- Boa idéia Mafalda, mais tem um probleminha nisso, meu irmão já tem alguém que vai compra-lo.
- Nossa, tão rápido.
- Sim.
Marcelo olha as duas ali sem qualquer reação.
Renato chega da escola e segue para o quarto, toma banho e com fones de ouvido se joga na cama sem colocar nem a cueca e ali fica a olhar o teto do quarto, procura por baixo da cama por algo e logo trás para cima um velho diário, abre este lendo adormece.
11102020..............
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