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Posso Saber Qual é a Sua?
Erivelto Reis

Posso Saber Qual é a Sua?


Está chegando o dia Internacional da Mulher e eu fico pensando no velho bordão que, vez por outra, ouvimos alguém repetir quando se esquece de alguma data comemorativa: “Mas, e todo dia não é dia da... / do... / das... / dos...?” (Complete as reticências com as datas que você mais esquece!).
Amigos, não se iludam: dia de alguma coisa ou de alguém é pra ser comemorado e reverenciado no dia marcado. Porque se alguns esquecem de prestigiar uma data, no dia que é determinado pra comemorá-la, quem garante que irão lembrar-se nos outros dias em que não se comemora oficialmente?
Daí, a pergunta contundente presente no título.
Posso saber qual é a sua posição no que se refere às mulheres?
Há que se amar as mulheres. Amar de forma ampla, desinteressada, entendendo-as e respeitando-as como seres divinos que de fato são.
Há homens que dizem: “minha mulher é um anjo. Pra voar só faltam as asas!”; e outros que, seguindo quase a mesma linha de raciocínio, são capazes de afirmar: “pra minha mulher voar, só falta a vassoura!”.

Onde já se viu uma coisa dessas?!

Sei que a Mulher está cada vez mais independente e ser ou não casada, não é uma questão fundamental para sua independência. Mães, Filhas, Avós, Esposas e demais papéis familiares e sociais... Ser Humano!
Sei que o Brasil está deixando de ser um país machista. E está se tornando um país em que os homens estão empenhados em valorizar a grandeza e a importância da mulher. E se não estiverem, que tal começar agora?!
Imaginem a cena: a esposa assistindo à novela, (dois dias já com o mesmo short; sem se depilar, o equivalente a não fazer a barba – excetuando-se as questões de gosto, que gosto não se discute!), pedindo um suco, ou uma cerveja ao marido, que resignado e bem disposto, vai até a geladeira pela décima vez, enquanto ouve o romântico pedido feito aos berros: “Amoooor, traz um tira-gosto aííí!!!”; ao mesmo tempo em que torce pelo protagonista ou por sua personagem preferida. “Vai Juvenal, se declara logo pra Alzira! Evilásio, casa logo com a Júlia! Maria Paula desmascara o Marconi Ferraço!” – se você assiste a outras novelas, perdoe-me a ignorância novelística! – e assim, quando o pobre marido exausto, percebe que acabou o capítulo daquele dia e se prepara para um carinho nos braços da mulher amada, eis que ela joga uma blusa amassada e suada em cima dos ombros e diz: “vou sair pra comentar o capítulo com as minhas amigas!”...
Imaginar que a mulher seja capaz de tais atitudes pode parecer deslocado, incorreto, e, mesmo essa analogia entre o homem e o futebol e entre a mulher e a novela, pode soar meio machista. Supor que em pleno século XXI existam coisas exclusivas e inerentes apenas aos homens ou somente às mulheres é ser antiquado.
Hoje, não há nada que as mulheres não façam. Me sinto tentado a completar: “tão bem quanto os homens”, mas não o faço porque sei que há homens que não fazem nada direito... E também por ter a plena convicção de que a evolução da humanidade não deve sustentar-se numa guerra entre os sexos, numa competição tola e cujo propósito não determina quem ganha, porque todos perdem quando um ser humano inferioriza a seu semelhante mediante qualquer tipo de critério.
Certo é que algumas das coisas mais importantes da vida se nos expressam as suas idéias por serem substantivos femininos. A propósito, a poeta Maria Rezende escreveu: “(...) O amor a gente carrega. / O amor é de cada um / substantivo feminino / de conjugação comum”. Querem exemplos? Cito-os: a vida, a água, a Terra, a natureza, a esperança, a sorte, a luz, a emoção, a saudade, a felicidade, a paixão, a alegria, a saúde, a paz, a verdade, a justiça, a democracia, a honestidade, a inteligência, a beleza, a delicadeza, a perseverança, a fé, a fraternidade, a caridade, a arte, a educação, a cultura... E por aí vai.
Mulheres operárias, donas de casa, empresárias, artistas, desempregadas, professoras, estudantes... Profissionais de todas as áreas. Exercer uma profissão é um papel importante, fundamental. Mas ser mulher é um dom divino. Parabéns, Mulheres!
Pela lembrança de todas as que lutaram e construíram esse mundo (ou que impediram que ele fosse pior do que é), pelo futuro das gerações vindouras... A todas as mulheres, minha homenagem presente.


Biografia:
Erivelto Reis nasceu em 1976, em Rio Verde, Goiás. Veio para o Rio de Janeiro, aos três anos, com sua família. Filho de José de Arimatéia e Maria Aparecida da Silva Reis e irmão de Erivaldo, Erialdo e Elton. Erivelto é casado com a professora Gloria Regina e o casal tem três filhos: Allynie, Erick e Ian. Poeta, escritor, cronista, ativista e produtor cultural. Tem dois livros publicados: “Sem Rima” (Poesias - 2004) e “Somos” (Crônicas e Poesias - 2007). Escreveu crônicas para os jornais “O Guarazão”, da região de Guaratiba e “O Amarelinho”, de Campo Grande, ambos na cidade do Rio de Janeiro, o que lhe valeu uma Moção da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro em 2004. É professor formado em Letras (Português – Literaturas) e pós-graduando em Estudos Literários pelas Faculdades Integradas Campo-grandenses. Em 1998, no curso de Teatro Laboratório, no Teatro Arthur Azevedo, conheceu o poeta Primitivo Paes, seu amigo e grande incentivador. A partir de então, passou a dedicar-se efetivamente à carreira como escritor. Juntos, Primitivo e Erivelto, já somam, em onze anos de carreira, mais de mil apresentações em escolas, praças públicas, teatros, centros culturais e eventos em todo o Estado. Como ativista e produtor cultural, coordenou em 2006, o I Encontro de Poetas do Rio de Janeiro, na Lona Cultural de Campo Grande. Ingressou, em 2005, no Instituto Campograndense de Cultura, a convite da então presidente Marly Monte Araújo, e participou da produção da I Jornada de Letras do Instituto Campograndense de Cultura e da confecção da Revista comemorativa dos 40 anos do Instituto em 2007, além de ter participado, como jurado e, posteriormente ao seu ingresso no Instituto, da produção do Projeto “Novos Talentos do ICC”. Em 2008, passou a fazer parte do quadro de membros efetivos do renomado instituto, ocupando a cadeira número 8, que pertencera à professora Leda Lúcia e cujo patrono é Freire Alemão. Em 2007, participou, com um poema, de uma Mostra de Poesia e Artes Plásticas no Centro Cultural Ariano Suassuna, na Barra da Tijuca/RJ. Em 2008, participou como jurado, do concurso nacional de poesias da Revista Day By Night e em 2009, sempre ao lado do poeta Primitivo Paes, da I Mostra de Poesia Brasileira na Cidade de Maricá. Vencedor do Prêmio FEUC de Literatura em 2005 e 2009, seus poemas constam de inúmeras coletâneas e antologias pelo Brasil. Recebeu também o Prêmio Expressão Cultural da Coordenadoria Regional de Cultura da Zona Oeste em 2005 (coordenador de grupo), 2006 (ativista cultural) e 2008 (escritor). Participou da organização e da produção das XVI, XVII e XVIII edições da Semana de Letras da FEUC e dos XI e XII Fórum de Educação, Ciência e Cultura da mesma instituição. Recebeu o troféu comemorativo da I Jornada de Letras do ICC. Em 2005, por indicação do escritor Roberto Sobral, foi agraciado com a Medalha de Honra ao Mérito comemorativa dos 46 anos da Associação dos Taifeiros da Armada da Marinha do Brasil. Participou de diversas edições do Aniversário de Campo Grande, o que fez com que em 2007, recebesse mais uma Moção da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Em 2005 foi citado, por suas atividades culturais, pelo Ministério da Cultura no Programa Nacional de Incentivo à Leitura e à Literatura, como um dos fomentadores da leitura e da Literatura no Brasil. Frequenta eventos culturais em toda a cidade. Seus poemas e suas crônicas estão disponíveis para leitura em diversos sites. Contato: eriveltoreis@yahoo.com.br
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Publicações de número 11 até 17 de um total de 17.


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