da cadência frenética da música,
que acorda o corpo para dançar,
espraio as letras no branco papel,
enquanto a alma flutua na penumbra.
ruge o leão da dor,
e o espírito alquebrado
naufraga no céu da angústia.
vacilam os atalaias da vida,
recortam-se os risos
por entre as vagas,
que descem dos
verdes olhos que soluçam.
só e triste,
olhando a infância
que trêmula nas cores
vibrantes de brincar,
minha alma apega-se
ao desejo de unir-se à tua
que longe está.
mas alastra-se na cabeça,
a única e fria expressão do dia,
e com ela repousa a esperança,
de que esse entrelaçar
você também queria...
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