Ederson já esta quase ao fim da sopa que Soraia lhe servira, Ivan fora para sua casa e virá com roupas para o rapaz.
A porta é aberta, Augusto entra na frente, César logo depois com Sueli e os filhos.
- Oi.
- Oi.
Augusto vê Ederson ali na sala com prato de sopa.
- Soraia o que esta havendo?
Soraia chama Augusto a seu quarto.
- O quê?
- Por favor Augusto.
- So, você nunca foi caridosa, o que esta havendo?
- Tá bom, vou ver se ele pode ficar lá, falarei com Matilde.
Augusto olha para a prima ali a sua frente, prestes a chorar.
- Deixe de bobagens, lembre-se, quando chegamos foi assim, tivemos quem nos recebesse.
- Obrigado primo, achei que fosse.....
- No minimo, quem poderia fazer o caos aqui é César, afinal ele fora o primeiro a chegar aqui.
- Por falar nisso, e ele com aquela mulher e filhos?
- Aquela mulher é Sueli e aquelas crianças são os filhos dela.
Augusto íntera Soraia dos ocorridos, ambos choram, abraçam, saindo do quarto.
Na sala, Ivan já retornara com sacolas de roupas para Ederson, Sueli e os filhos tomam sopa, comem frutas ali.
César pede licença indo para o quarto.
Gerson termina de pôr a gravata, sai do quarto, Leonildo já fora, decidira por ir á pé de volta a casa.
No caminho, ele para num bar e pede cerveja e um tira gosto.
Logo é trazido a mesa, uma porção de calabresa com rodelas de limão.
- Obrigado.
O homem come e bebe, sendo observado por um rapaz 3 mesas depois, assim que Leonildo termina a cerveja e se prepara para sair, o rapaz vem a ele.
- Oi.
- Oi.
- Que tal irmos para um hotel?
- Não, obrigado, nada contigo, só que acabei de sair de um.
- Nossa, quem foi o sortudo?
- Alguém que eu deveria achar muito especial.
- E não é?
- Não, nem um pouco.
Leonildo paga a conta, se despede do rapaz e sai.
Matilde liga para César.
- Olá.
- Ai, você não imagina o que houve?
- O quê?
- Vou ter de fechar o bar.
- Por quê?
- A prefeitura, o governo, decretou uma série de medidas sanitárias.
- A sim eu ouvi algo assim, um tal de bloqueio.
- Meu Deus, acho que só eu não estava tão á par disso.
- Fique tranquila, se todos fizermos nossa parte, logo isso acaba, assim retornaremos nossas vidas.
- Pois é, essa tal de Corona, esta me deixando louca.
- Quer me ver?
- Adoraria.
- Te espero no driving.
- Logo estarei lá.
- Beijos.
- Assim você me deixa molhada, gato.
Matilde desliga, não vendo Ivan a porta.
- Ivan.
- Oi tia.
- A quanto tempo esta ai?
- O suficiente para ouvir o beijos.
- Nossa você não perde esse modo de se esconder hein.
- Para tia, tem mesmo que ter um namorado.
- Não é bem um namorado, só um passatempo.
- Mais te faz feliz?
- Muito.
- Então pronto tia, só atacar a presa.
- Me respeite moleque. Risos.
- A tia, que cartaz é aquele na parede lá fora?
- Imagina filho, vou ter que fechar o comércio por uns 15 dias.
- Por quê?
- A vigilância sanitária, trouxe aquilo, é um tal de bloqueio.
- A sei sobre o surto do vírus Corona.
- Até você sabe disso?
- Lógico tia, tá falando direto disso no rádio, tv, internet.
- Meu pai do céu.
- Por isso que falei várias vezes para a senhora sobre o lavar as mãos e o uso do álccol em gel.
- Sempre as lavo, mesmo fora dessa loucura.
- É tia, agora é P A N D E M I A.
- Meu pai divino.
- Isso é gravissimo sobrinho.
O sobrinho explica para tia de forma pausável e fácil entendimento.
- Tá vendo garoto, todos temos talento, você tem de ser algo na politica pública, você fala de forma que a gente entende.
- Obrigado tia, só que agora pretendo me segurar lá com Augusto por enquanto.
- Entendo, tá louquinho pela Soraia.
- Também. Risos.
Ivan aproveita o momento e fala sobre Ederson e a mulher com crianças na casa da Soraia.
- Não, nunca, vou ver isso de perto, pelo menos o rapaz vem para cá.
- Sério tia?
- Sim, vou lá falar com a Soraia.
- Vai fazer isso?
- Agora, vamos?
- Sim tia.
Leonildo já esta perto do prédio onde mora, quando ouve alguém assobiar atrás dele, ele olha para trás e vê o rapaz que estava no bar.
- O que foi?
- Não gosto de ser esnobado.
- Entendo coisa de filho de rico, sabe, playboyzinho mesmo.
- E ai sou mesmo, bicha pobre.
- Olhe, até aqui estou te tratando com todo respeito possível.
- Vai se fuder.
O rapaz vai até Leonildo, eles entram em luta, em determinado momento o rapaz saca de um canivete.
- Aqui viado barrela, é disso que você tem que levar.
- Foda-se. Um carro se aproxima e avança na calçada, o rapaz vê e corre em gritos com xingos.
A porta do veiculo é aberta.
- Obrigado senhor Gerson.
- Oi amor.
- O que faz aqui?
- Te livrando da morte?
- Nossa, você que armou tudo isso?
- Você gosta de me culpar por tudo.
- Tá, obrigado.
- Um beijo.
- Tchau.
- Só um.
- Tchau.
Leonildo segue para o seu prédio onde entra, Gerson vai embora.
23032020.........
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