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Já fui atingida
em meu coração,
sem perceber,
pelos açoites
de mil fogos dos nobres
e colegiados
donos do meu amor.
E após atingida,
fui largada de soslaio
nas circunstâncias da vida,
no triste vazio,
no silêncio embrutecedor
do ponto nobre
da alma à procurar densa
e angustiantemente
por castelos imaginários
com seus guerreiros,
reis e rainhas.
Mas meu amor eu já achei
e está bem guardado
no ponto nobre do coração,
onde começa a vida
e inicia a esperança do céu.
Onde perdura a ternura
de um afago, de um abraço.
Onde roçam as luzes
que irradiam o próximo
que se faz criança
dentro de nosso amor.
Sou eu!
Um ponto nobre
no coração ávido
e transbordante
de sonhos.
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