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O recesso da genialidade
Reginaldo Correia da Silva



Durante mais de dez anos de estrada, o grupo carioca Los Hermanos, formado por Marcelo Melo (guitarra e voz), Rodrigo Amarante (guitarra e voz), Bruno Medina (teclados) e Rodrigo Barba (Bateria) e um ótimo elenco de músicos de apoio, foi o grande exemplo de inovação e genialidade na música brasileira. Ao longo desse tempo eles não pararam de surpreender fãs e críticos musicais, agradaram quase sempre a ambos. Nem sempre ao mercado. A grande prova disso é que entraram em um recesso por tempo indeterminado, o que pode na pior das hipóteses, culminar rápida e irreversivelmente para o fim. Quem perderia com isso? Os fãs e a música em geral.
Na verdade o grande trunfo dos barbudos cariocas sempre foi a surpresa, deste o primeiro disco quando surpreenderam a todos com belas canções como o mega hit “Ana Julia”, eles não pararam mais. Todos os outros três discos trouxeram algo de novo, o que mais uma vez surpreendeu. Isso, mais pelo conjunto da obra, sempre coesa e inovadora, do que pelo repertório água-com-açúcar que algumas bandas insistem em promover. Outra grande diferença dos Hermanos para os outros foi a grande complexidade dos arranjos (isso a partir do segundo disco, Bloco do Eu sozinho). Essa complexidade seguia uma gradação tão metódica de disco pra disco, que deu a impressão do grupo ter se transportado lentamente do rock para a MPB (aliás é nas prateleiras de MPB que o disco mais recente deles, o 4 combina melhor). Mas isso não é um defeito e sim uma rara qualidade pouquíssimos artistas têm isso. A maioria prefere a comodidade de formulas já prontas e sem muito risco de fracasso comercial. É evidente o quarteto carioca, por outro lado, pertence a um seleto grupo, o dos artistas top de linha, que preferem surpreender pela qualidade de sua música e não pela quantidade de seus discos vendidos.
Porém com o inesperado anúncio de recesso, eles uma vez surpreenderam. Só dessa vez a surpresa não foi tão agradável assim, principalmente para seus fieis fãs, ainda incrédulos e desolados. Não é por menos, sempre houve uma forte simetria entre a banda e seu público, que teme pelo fim disso como se temesse pelo fim da própria vida.
Exageros a parte, não há motivo algum para se temer por um possível fim do Los Hermanos. Não há nenhum rumor de desentendimento ou ressentimento entre os integrantes do grupo, como o próprio Marcelo Camelo disse: “continuamos jogando truco toda quinta”. Assim, o que está ocorrendo são merecidas férias, o que significa para eles a possibilidade de trabalhar em projetos pessoais que se acumularam nessa década ininterrupta de muita transpiração. Logo eles estarão de volta (pelo menos é que todos esperam), como eles nunca seguem o que se espera deles, não será mais nenhuma surpresa se em breve, pipocarem discos solos dos cariocas que conquistaram o Brasil com sua genial criação musical. Pois eles, Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, já lançaram suas primeiras canções solo em seus respectivos blogs. Agora só resta esperar pela próxima surpresa, e todos esperam que seja uma boa.
05/02/2008


Biografia:
Sou pernambucano,nascido em Recife no dia 10 de outubro de 1981.Escrevo desde de 1999,mas só publiquei alugns poemas na internet.Participei do 13º premio nacional de redação da fundação assis chateaubriand 2005,catgoria ensino médio classificando-me como semifinalista.
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