I
Todos nascem,
E todos morrem,
É tudo assim sempre igual.
E se olhos abertos estão,
Fechados pra sempre serão,
Seja você bom ou mal.
II
E está é nossa sina: viver,
Sem saber muitas vezes o por que,
Morre-se, quando menos se espera.
É que vendo toda esta ilusão,
Percebe-se que talvez nem chegue o verão,
Que talvez nem passe a primavera.
III
Pois ai vem à morte, que da vida rouba a paz,
De quem só queria chegar enfim ao caís,
Estando em pleno mar onde a esperança afina.
Afinal, se agora escrevo a vocês,
Andando numa rua daqui a um minuto ou três,
Talvez nem consiga dobrar a esquina.
IV
Então se finda o sonho que era infindável,
Evapora-se num instante o sentimento louvável,
Da vida que é tão forte e ao mesmo tão fraca.
Pois a vida e a morte são como amigas num abraço,
Mas que pode ser defeito logo após o primeiro passo,
Quando a morte num movimento inevitável crava na vida a faca.
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