Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
DESPEDIDA DESPIDA
Flora Fernweh

O mundo desabou naquele precipício inevitável, sou testemunha da perda que me perseguirá por toda a vida. Sua imagem subirá a minha mente em cada obra de arte desse sanguinário louco que chamamos de destino, sua face se escreverá em meus olhos a cada poesia que me penetrar, e o sabor melódico de sua voz proferirá as mais belas e dolorosas cantigas de amor em meus lábios sedentos por um beijo fatal do único ser capaz de encerrar meu coração. Todos os momentos dignos de memória e todos os instantes dignos de história acabam em um passeio breve pelo cemitério do incompreensível, não há paixões enterradas ou amores desesperados erguendo-se à tona, o que persiste é o olhar quente de quem contempla o frio do amanhã incerto e a beleza trágica da ciência de que tudo será sempre em vão, passageiro, forasteiro. O vento que me trouxeste, é o mesmo que me levaste, mas não sou como o vento que tudo apunhala e liberta, não sou mais a mesma menina daquela tarde fascinante em que te encontrei, hoje estou mais séria, em equilíbrio, quem sabe, feliz por ter te conhecido e melancólica por ter te deixado voar. Preciso de um grito de insanidade que me desperte do abismo em que me jogaste, se eu pudesse me livrar dele, sairia pelas ruas dessa noite chuvosa e quente, sem rumo, posto que meu norte é você. Agora, que não trilho mais ao lado seu esses caminhos sinuosos que a vida me preparou, sinto como se eu estivesse estática, à espera de um sinal de você, um sopro leve que me leve as angústias, trazendo-te de volta, ou um sussurro rápido e lacerador de que jamais voltarás para os meus braços.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
Número de vezes que este texto foi lido: 52867


Outros títulos do mesmo autor

Contos Declínio da sensibilidade Flora Fernweh
Poesias Escre ver Flora Fernweh
Poesias Agosto Flora Fernweh
Poesias Ilha da magia Flora Fernweh
Contos Quando tudo começou Flora Fernweh
Contos Lagoa da Conceição Flora Fernweh
Poesias Amor em chamas Flora Fernweh
Sonetos Caído de amor aos céus Flora Fernweh
Sonetos O inenarrável descrito Flora Fernweh
Contos Amor de verão Flora Fernweh

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 31 até 40 de um total de 383.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
Viver! - Machado de Assis 53968 Visitas
viramundo vai a frança - 53962 Visitas
Novidade no Céu - Teresa Vignoli 53962 Visitas
Saudações Evangélicas (Romanos 16) - Silvio Dutra 53960 Visitas
O pseudodemocrático prêmio literário Portugal Telecom - R.Roldan-Roldan 53940 Visitas
O que e um poema Sinetrico? - 53926 Visitas
camaro amarelo - 53891 Visitas
A Aia - Eça de Queiroz 53869 Visitas
O Movimento - Marco Mendes 53853 Visitas
OS ANIMAIS E A SABEDORIA POPULAR - Orlando Batista dos Santos 53846 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última