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DECERTO, O NADA. DE NADA, DESERTO
Flora Fernweh

Esse mar de areia, poeira e mudo mistério envolto por um vazio estridente, foi tudo e ao mesmo tempo, nada do que sobrou das lágrimas salgadas um dia navegáveis e abundantes. Sua sabedoria em um ramalhete piramidal, a maior de todas as preciosidades, sempre esteve enterrada sob um universo de grãos de areia, à espera de um coração que guia o homem que o tem e o escuta.
      O vento traz as dores e silvos de cantos distantes, agora unidos pelo sopro que ecoa o lamento das caravanas, a profecia cigana e as lamúrias das mulheres desérticas. Ele é a força que tudo leva e modifica, a certeza única e ressonante de que tudo o que se ergue, um dia sente falta de cair. Suas dunas e ribanceiras desenhadas pelo hálito cálido, ensinam que nada é eterno e imutável, mas tudo preserva sua essência e reverbera suas origens nos montes mais longínquos.
      Adiante, o frescor das tamareiras esparsas alivia a aridez pungente, anunciando os primeiros sinais de um paraíso fértil rodeado pelo assombroso imenso de um dia visceral e de uma noite gélida, que adormece sob o brilho selênico e cintila um céu estrelado que ilumina o horizonte perdido de todos aqueles que buscam reencontrar sua alma na plenitude e no silêncio do deserto de suas vidas.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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