São 01h09 quando começo a digitar.
Meus braços doem.
Minha cabeça dói.
Será que estou digitando corretamente?
Tenho me cobrado tanto, que tenho me afundado.
Pensado tanto que tenho me afundado.
Amarro a pedra feita de pensamentos sobressalentes e jogo no rio pra cair junto.
Forte há tanto tempo que não lembro da última vez que simplesmente me deitei no colo de alguém pra desmoronar.
Tão jovem e tão cansado.
Sei que de manhã mudo a lente pela qual vejo isso, mas agora, às 01h11 tudo dói, tudo magoa, tudo abre um pouco algumas cicatrizes antigas, como se cortasse e cauterizasse a ferida.
Quero abrir mão de todo esse fardo, que tenho carregado cada vez maior, ao preço de largar pedaços de mim mesmo pelo caminho. Que quando noto já caíram há muito, e parece irônico voltar pra tentar me encontrar.
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