Muitos de nós vivemos uma vida corrida, como se estivéssemos em modo de piloto automático, como se fosse absolutamente normal dormir, acordar, pagar contas, comer, dormir , acordar, pagar contas e por ai vai...
Usamos esse modo de viver para evitarmos a contemplação. Contemplação é o ato de parar e observar. Observar é admirar, verificar detalhes, notar nuances, etc.
Esse processo de observação pode ser perigoso para muitas pessoas, pois muitos vivem de forma absolutamente diferente da maneira como sempre sonhou. Essas pessoas olham para seu passado e começam a enxergar ele como o problema que os levaram a terem vidas que não os satisfazem.
Pais que trabalharam demais, férias de menos, pouca diversão, nada de viagens, dor, pobreza, escassez de produtos interessantes, etc..
Quando olhamos para nosso passado, temos a natural tendência de focar nosso olhar naquilo que aparentemente não deu certo, naquilo que nos faltou, naquilo que queríamos e não conseguimos, nos relacionamentos destruídos e tal.
Porém, um olhar criterioso pode lançar luz sobre nosso passado e fortalecer nosso futuro.
Jesus uma vez falou: “ Olhai os lírios do campo...”
Se alguém te dissesse para que você olhasse para uma planta, talvez você possa pensar: pra que... uma planta é uma planta...uma simples planta..
Porem Jesus completa a frase: “...eles crescem , não trabalham nem fiam...porém nem mesmo Salomão no auge de seu esplendor, se vestiu como um deles”.
Este pequeno trecho já nos dá uma ideia do que significa um olhar criterioso. Uma coisa tida como inútil pode ter mais valor que a melhor roupa de um rei.
Assim é o nosso passado. Se olharmos para ele lançando luzes, veremos que no meio das sombras existem verdadeiros tesouros que, se bem utilizados nos levarão a lugares nunca antes imaginados.
Olhar para o passado é o primeiro passo para o autoconhecimento, ferramenta essa fundamental para a construção de um futuro prospero e fortalecido.
Imagine agora a construção de um edifício. Quando o projeto entra na fase de acabamento, suas fundações tornam-se seu passado. Porém, se simplesmente excluirmos as fundações do edifício, o mesmo irá desabar.
Assim é nossa vida.. nosso passado é a base sobre o qual estamos construídos hoje. Logo, temos que valorizar nossas fundações e capricharmos no acabamento da obra.
Somente assim, poderemos nos tornar lindos arranha-céus, e talvez até nos tornarmos cartões postais de nossa cidade.
Até a próxima!
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